O estudo, realizado por uma equipa de investigadores italianos, envolveu um total de 900 participantes e concluiu que “um sistema olfativo canino treinado pode detetar compostos orgânicos voláteis do cancro da próstata em amostras de urina”, mas indica que são necessários mais estudos para confirmar os resultados.
Como na maioria dos tipos de cancro, a deteção precoce do cancro da próstata aumenta as probabilidades dos pacientes sobreviverem à doença. “Não existindo ainda cura para o cancro, a melhor hipótese que os doentes têm é a deteção precoce da doença”, referiu Heather Junqueira, fundadora da ONG BioScent K9, ao website Mic.
A ONG BioScent K9 é precisamente uma das organizações que trabalha nesse sentido, treinando cães para detetarem doenças através do cheiro de amostras de urina: os treinadores apresentam um conjunto de amostras de urina de pacientes doentes e de pacientes saudáveis e premeiam os cães com recompensas sempre que estes conseguem detetar ‘marcadores’ de cancro no cheiro da urina.
“O cão tem que descobrir qual é o denominador comum entre as diferentes amostras, o que não é uma tarefa fácil, mas um bom animal pode ficar bem treinado logo após seis semanas”, revelou Junqueira ao site.
Um estudo publicado em 2006 na revista científica ‘Interactive Cancer Therapies’ já havia descoberto que cães bem treinados conseguiam detetar com uma precisão de 99% cancro do pulmão e cancro da mama através de amostras de urina. Para além disso, em alguns outros estudos realizados com cães têm sido revelados resultados promissores no que diz respeito à deteção de cancro dos ovários e da bexiga, conclusões que mostram que o treino de cães para a deteção precoce deste tipo de doenças para as quais ainda não existem curas pode ser o próximo passo.