Um grupo de investigadores da Universidade de Rennes, em França, em parceria com a Medical Mutts, organização de cães de assistência dos EUA, conseguiu demonstrar que os cães de assistência podem detetar os pacientes epiléticos através de um odor que libertam quando estão a ter uma convulsão. A epilepsia é um transtorno neurológico que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo.
De acordo com os autores do estudo, os cães de assistência que ajudam este tipo de pacientes estão treinados para reagir antes que o paciente tenha uma convulsão. Contudo, ainda não se tinha descoberto exatamente de que forma é que os cães conseguiam detetar um ataque epilético antes deste ocorrer. Mas o estudo agora publicado mostra que os pacientes libertam um odor quando a convulsão está a ocorrer, o que permite ao animal detetar a sua ocorrência.
Amelie Catala, uma das cientistas envolvidas na investigação, sublinha que “é provável que quando se produz um ataque epilético, este provoque a libertação de algumas neuro-hormonas que ativam o odor relacionado com o stresse”.
Os investigadores acreditam que esta descoberta vai permitir criar um marcador que sirva para detetar de forma precoce um ataque epilético e para melhorar o treino dos cães de assistência para que prestem uma ajuda mais eficiente a este tipo de pacientes. Leia o estudo em detalhe aqui.