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Animais

Bactérias: as principais suspeitas da morte de 60 mil antílopes

antílope Veterinária Atual

O geoecologista Steffen Zuther foi ao Cazaquistão observar o parto de um rebanho de saigas. Em quatro dias assistiu à morte de todo o rebanho, constituído por cerca de 60 mil antílopes e os investigadores suspeitam da ação de bactérias.

O investigador e a sua equipa descobriram como grande parte do rebanho de antílopes do país tem morrido tão repentinamente nos últimos anos. De acordo com o estudo, a resposta pode estar nas bactérias.

Foram recolhidas amostras detalhadas de todo o habitat dos animais, como rochas e solo com os quais tiveram contacto, água e vegetação que ingeriram nos meses e semanas que antecederam as mortes.

Além disso foi observado o comportamento de alguns dos animais antes de morrerem e foi possível perceber que as fêmeas, que se agrupam para parir as crias, foram as mais atingidas.

A causa pode estar no leite das progenitoras. As amostras de tecido revelaram que as toxinas produzidas pela bactéria Pasteurella, e possivelmente bactérias de Clostridia, causaram uma extensa hemorragia na maioria dos órgãos dos animais.

No entanto, a Pasteurella é uma bactéria encontrada normalmente nos organismos dos ruminantes, como as saigas, e geralmente não causa mortes, a menos que o sistema imunitário do animal esteja muito enfraquecido.

“Não há realmente nada de especial nos animais que morreram, nem nas bactérias encontradas neles. A questão é porque é que elas se desenvolveram tão rapidamente e se espalharam por todos os animais do rebanho”, questiona agora o investigador Steffen Zuther.

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