Existem cerca de 800 espécies de carraças em todo o mundo, embora em Portugal a mais comum seja a Rhipicephalus sanguineus, de cor castanha, parasita os cães na zona das orelhas, pescoço e patas. Estes parasitas instalam-se na pele e sobrevivem graças ao sangue que lhes provem alimento.
É na primavera e outono, entre os meses de maio e outubro, que as carraças se encontram mais ativas, embora estejam presentes durante todo o ano.
Embora nem todos os cães afetados pela DTC apresentem sinais da doença, esta pode manifestar-se através de febre, depressão, letargia, descarga nasal e/ou ocular, perda de peso, mucosas pálidas, tosse, dificuldades respiratórias, vómitos, diarreia, presença de sangue na urina, hemorragia nasal, distúrbios neurológicos, paralisia, choque e mesmo morte caso os animais não sejam atempadamente tratados.
Já no homem, os sinais clínicos começam por uma pequena úlcera vermelha coberta por uma espécie de “borbulha negra” no local da picada da carraça. Passado alguns dias poderão aparecer sintomas de febre, dor de cabeça, erupções cutâneas, mialgias, náuseas e vómitos, dor abdominal, conjuntivite, gânglios linfáticos aumentados, diarreia, perda de equilíbrio, estado mental alterado, artrites e icterícia.