A British Veterinary Association (BVA) mostrou as suas dúvidas face à evolução da prescrição remota no Reino Unido. A entidade alerta para a introdução de extensões a esta medida que podem gerar expectativas irrealistas nos titulares de animais, enquanto o bem-estar dos animais pode estar em perigo nos casos em que não exista exame presencial para determinar os problemas que podem afetá-los, relata o Portal Veterinaria.
A presidente da BVA, Justine Shotton, enviou uma carta ao Royal College of Veterinary Surgeons (RCVS), entidade que regula os limites da prescrição remota em medicina veterinária, lembrando que a possibilidade de o fazer foi considerada inicialmente como uma “solução pragmática”.
A responsável recorda ainda que foi uma medida temporária excecional e avisa que “não deve levar a uma mudança a longo prazo sem uma consulta completa à profissão e à transparência total em relação aos impactos nos comportamentos prescritos”.
Justine Shotton questiona quais as evidências em que o RCVS se baseia para continuar a permitir a prescrição remota. Na ausência dos resultados de um inquérito de cuidados veterinários tornados públicos, a BVA considera que não é claro como é que a continuação da prescrição remota se enquadra em planos a longo prazo, bem como com eventuais alterações ao Código de Ética da RCVS, onde a prática da prescrição remota está enquadrada.