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Animais de companhia

Investigadores descobrem “impressão digital” que deteta cancro em cães

Investigadores descobrem “impressão digital” que deteta cancro em cães iStock

Uma equipa de investigadores da Virginia Tech University (EUA) anunciou ter desenvolvido uma técnica de deteção precoce de cancro em cães.

A investigação baseia-se na realização de um teste de rastreio rápido e não invasivo que utiliza a urina de cão para identificar a presença de células cancerígenas. Esta técnica baseia-se na espectroscopia Raman, que permite aos investigadores detetar uma “impressão digital” distinta de cancro em amostras de urina de cães.

 

De acordo com a investigação, este avanço científico poderá transformar a forma como a doença é diagnosticada e tratada.

“Estamos entusiasmados com o potencial desta nova técnica para revolucionar o diagnóstico precoce do cancro nos nossos amigos de quatro patas”, afirma Ryan Senger, um dos investigadores do estudo. E continua: “Com uma precisão de mais de 90%, este teste oferece aos veterinários uma ferramenta poderosa para detetar o cancro nos seus estágios iniciais, o que pode fazer uma grande diferença no prognóstico e no tratamento de nossos pacientes caninos”.

 

Os investigadores admitem que o cancro é comum em cães, sendo algumas raças mais propensas do que outras a desenvolver esta doença. Com esta nova técnica de rastreio, esperam que os tutores e os veterinários possam identificar rapidamente a presença de cancro em todas as idades e raças, permitindo um tratamento mais eficaz e, consequentemente, melhores hipóteses de sobrevivência.

O estudo refere ainda que, além da sua utilidade na deteção precoce de cancro, esta técnica também oferece uma abordagem mais acessível e menos invasiva em comparação com os testes tradicionais de rastreio, proporcionando uma alternativa acessível e prática para os tutores preocupados com a saúde dos animais de companhia.

 

Os investigadores dizem ser “uma nova esperança para o bem-estar e para a saúde dos animais de companhia de quatro patas”. Adiantando ainda que “com o apoio de uma investigação contínua nesta área, é possível avançar para um futuro onde o cancro em cães não seja uma sentença de morte, mas sim, uma doença que podemos detetar e tratar eficazmente”.

A investigação abre portas para futuras aplicações na avaliação da resposta ao tratamento e recorrência do cancro em cães, bem como a possível adaptação desta técnica para uso em outros animais e, até mesmo, em estudo de saúde humana.

 

 

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