Os tutores portugueses de cães ou gatos preferem “Questões Abertas”, em termos de competências fundacionais, e “Pedir permissão” nas competências essenciais, durante a sua interação com os médicos veterinários. A conclusão é de um estudo realizado por Pedro Fabrica, Ricardo Barroso e Felisbina Queiroga.
De acordo com a comunicação científica, as preferências “parecem indicar a necessidade de uma consulta médico-veterinária mais centrada no detentor e animal, na qual o detentor do animal sinta oportunidade para partilhar a sua visão e envolvimento na tomada de decisões”.
Mais detalhadamente, as preferências distribuem-se sob as seguintes frequências:
- Competências Fundacionais
- 42,9%- “Questões Abertas”
- 37,2% – “Empatia”
- 18,4% – “Escuta Reflexiva”
- 1,5% – “Comunicação não-verbal”
- Competências Essenciais
- 27,2% – “Pedir permissão”
- 20,9% – “Sinalização verbal”
- 20,7% – “Desconstruir e validar”
- 15,3% – “Informação sobre os próximos passos”
- 13,8% – “Sumários/resumos”
- 1,9% – “Validação final”
O estudo analisou, a partir das 10 competências clínicas de comunicação presentes no Guia Calgary-Cambridge (GCC), quais as preferências dos tutores de cães ou gatos quando visitam clinicamente o médico veterinário. A metodologia teve como base um inquérito online feito a tutores portugueses de cães ou gatos entre 25 de julho e 13 de outubro de 2022. Foram completados 2795 inquéritos e 1351 validados (tutores de cães = 719; tutores gato = 632).