Cerca de “seiscentos e muitos” médicos veterinários estão disponíveis para ajudar os seus pares da medicina humana, segundo o bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV), Jorge Cid.
“Oxalá não sejam precisos”, assumiu o bastonário, citado pelo Jornal de Notícias. De acordo com o JN, a Ordem dos Médicos agradeceu o apoio, mas afirmou que espera que o Governo português consiga combater o vírus com os meios já existentes.
“Também reunimos 65 ventiladores, monitores, concentradores de oxigénio e outros aparelhos, que os hospitais já começaram a reter. Mas ainda não foi solicitada a ajuda dos nossos médicos. Também oferecemos sete laboratórios de medicina veterinária, privados, que estão aptos para a realização de testes. Ainda não foram solicitados”, afirmou Jorge Cid.
“Competências? Vamos lá ver: o médico-veterinário não vai fazer tratamento de primeira linha nem prescrever o tipo de tratamento, mas poderá, em caso de necessidade, cumprir os cuidados determinados pelos médicos. Os médicos-veterinários estão habituados a mexer nos ventiladores, nos monitores cardíacos, nos monitores multiparamétricos. Têm os mesmos conhecimentos dos médicos, mas adaptados a animais. Muitos dos aparelhos que nós usamos são os mesmos. As análises, o manuseamento do material para laboratório, também têm procedimento igual”, explicou o bastonário.
“Entubar um doente? Espero que não se chegue a esse ponto. A controlar, sim. O veterinário está habilitado a olhar para um ventilador, para um monitor, saber dos parâmetros que deve vigiar e o que deve fazer em caso de urgência. Mas, neste caso, terá sempre de ser ajuda na retaguarda dos médicos”, acrescentou.
A Ordem dos Médicos agradeceu “a enorme solidariedade demonstrada pelos médicos-veterinários”, indicando esperam conseguir dar resposta à pandemia com os meios disponíveis, disse fonte da classe.