Uma associação entre o microbioma intestinal e a artrite em cães foi descoberta por um estudo da Universidade Italiana de Udine, informa o portal italiano Microbiomaveterinario.
De acordo com o estudo, os cães com artrite apresentam não só um perfil hematológico caraterístico, mas também um microbioma alterado que sugere a possibilidade de terapias direcionadas para a bactéria. Ficou por perceber se as alterações são causa ou efeito da artrite.
O estudo incluiu 14 cães que sofrem de artrite crónica (AC) e 13 cães saudáveis (CS). Após a primeira visita e durante o período do estudo, os cães foram alimentados com uma dieta completa semi-húmida, complementada com ácidos gordos ómega 3.
Para a investigação foram recolhidas fezes e amostras na primeira visita e após 45 dias. As autoras do estudo notaram que “a proteína C-reactiva do plasma (CRP) era maior, e as concentrações de vitamina B12 e folato eram mais baixas (p < 0,05) no grupo AC em comparação com o grupo CS”.
Os dados do microbioma fecal também revelaram que abundâncias relativas do género Megamonas eram mais elevadas em AC, enquanto a abundância relativa das famílias Paraprevotellaceae, Porphyromonadaceae e Mogibacteriaceae foi significativamente menor em comparação com CS.