Um estudo da Universidade de Medicina Veterinária de Hannover, na Alemanha, concluiu que os utilizadores de redes sociais reconhecem que existe com frequência sofrimento nos vídeos que incluem animais.
A análise concluiu que 91,8% dos inquiridos querem que seja adicionado um ‘rótulo’ de advertência sobre existir sofrimento animal em determinados vídeos. Para os investigadores, isto “mostra que os utilizadores de redes sociais gostariam que fosse dada mais importância ao bem-estar animal nestas plataformas”.
“Os vídeos de animais parecem ser muito populares nas redes sociais, mas o sofrimento dos animais pode passar despercebido neste tipo de vídeos”, sublinham os investigadores.
De acordo com a análise, um total de 98,5% dos participantes que usam as redes sociais dizem já ter assistido a vídeos com animais. Os inquiridos afirmaram que os vídeos informativos são os que veem com mais frequência (52,9%), seguidos por vídeos engraçados ou divertidos de animais (41,8%). No entanto, para 45,8% dos inquiridos, o sofrimento de animais era frequentemente reconhecível nos vídeos visualizados.
Os investigadores também enfatizaram que as mulheres são mais propensas a reconhecer o sofrimento animal do que os participantes do sexo masculino, assim como foi concluído que os inquiridos a viver em áreas rurais eram mais propensos a reconhecer este sofrimento do que aqueles que viviam nas cidades.
Além disso, o estudo revelou que 62,5% dos participantes deixaram um comentário crítico ou indicaram que não gostaram de um vídeo quando se referiam a comportamento que causassem dor e sofrimentos nos animais.
A investigação teve como intuito avaliar a perceção pessoal dos 3.246 inquiridos online sobre os vídeos com animais que visualizam nas redes sociais e se identificavam a existência de sofrimento nesses mesmos vídeos, assim como as suas respetivas reações.