Um estudo publicado recentemente concluiu que os tutores têm dificuldades em interpretar os rótulos dos snacks para animais de companhia, especialmente quando se trata de calorias, considerando que a rotulagem é “confusa”.
Os investigadores referem que “é essencial que estes produtos incluam informações detalhadas sobre o seu valor calórico para evitar o consumo excessivo de calorias e as suas possíveis implicações para a saúde dos animais”.
Além disso, os cientistas também sublinham que os veterinários podem fornecer recomendações valiosas sobre a introdução e consumo destes ‘petiscos’, adaptando-as às necessidades específicas de cada animal de acordo com a sua idade, necessidades calóricas e possíveis patologias.
Segundo a investigação, uma comunicação eficaz entre veterinários e tutores de animais de companhia é crucial para garantir que, por exemplo, os snacks disponíveis no mercado para animais sejam devidamente integrados nos seus planos alimentares.
De acordo com o estudo, o aumento global de animais de companhia e a crescente preocupação dos cidadãos com os seus animais, levou a um aumento do mercado e da diversidade de alimentos para animais de companhia, especialmente no que toca a snacks.
“Este fenómeno não só sublinha o vínculo emocional entre os tutores e os seus animais, mas também o seu desejo de lhes fornecer produtos de alta qualidade que atendam às suas necessidades nutricionais e de bem-estar”, lê-se na análise.
O mercado atual oferece categorias distintas de ‘petiscos’ para animais, dando maior ênfase a snacks à base de carne. Segundo os investigadores, esta tendência deve-se à perceção dos tutores de que estes produtos são mais naturais e saudáveis. Além disso, há uma procura crescente por snacks crus, naturais e de origem local, “refletindo o interesse em produtos mais orgânicos e com menos processamento”.
Apesar dos snacks oferecerem vários benefícios, como o reforço positivo no treino, promoção da saúde bucal e suporte nutricional para animais mais idosos, acarretam também vários riscos, nomeadamente contaminação microbiológica e obesidade.
A par disto, o estudo refere também que a produção de snacks tem um impacto ambiental significativo, que pode ser mitigado utilizando subprodutos provenientes da pesca, reduzindo assim o desperdício de alimentos e fornecendo alternativas proteicas de alta qualidade.