O bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV), Jorge Cid, defendeu a existência de lugares destinados a animais de companhia que ficam sozinhos devido à morte do tutor para garantir que “nunca fiquem ao abandono”. As declarações à agência Lusa e reproduzidas pelo jornal Observador surgiram face ao aumento de mortes de pessoas no País, no último ano.
“Embora não haja nenhum estudo em Portugal concreto que possa afirmar com exatidão qualquer situação que se tenha passado nesta pandemia, a sensação que nós temos é que houve duas situações” em relação aos cães e aos gatos, informa o bastonário.
Uma das situações prende-se com o aumento de mortes em Portugal, que levou a que as pessoas que estavam sozinhas deixassem o seu animal de companhia sem proteção.
Por outro lado, o bastonário da OMV observou que tem havido “uma maior procura de animais de companhia, quer em adoções, quer em aquisições durante a pandemia, sobretudo no confinamento”.
Como justificação para esta procura, Jorge Cid aponta duas razões. “É um motivo de poder sair e poder estar mais ao ar livre que, de outra maneira, não o poderiam fazer e também estão mais tempo em casa para poder desfrutar dos benefícios de ter um animal de companhia”, sublinhou.
Recorde-se também que o ano passado foi marcado por um aumento do crime de abandono de animais de companhia. Um fenómeno também apontado pela associação Animalife.