Os Conselhos Gerais de Dentistas, Farmacêuticos, Médicos e Veterinários de Espanha denunciaram a “proliferação de campanhas de publicidade com técnicas comerciais muito agressivas e, em ocasiões, enganosas”, com recurso a influencers digitais.
Segundo o portal Cinco Dias, do jornal El País, as organizações apelaram ao Governo e aos executivos das comunidades autónomas uma melhor regulação da publicidade em saúde através de uma “legislação básica do Estado”. Desta maneira, querem garantir que as mensagens e informações divulgadas satisfaçam “rigorosamente os critérios clínicos e de saúde, sendo rigorosos, verdadeiros, prudentes e compreensíveis, assentes na ética e na evidência científica e evitando confundir o cidadão”.
Num manifesto assinado pelos representantes das organizações colegiais, é feita a denúncia de que “estamos a assistir a um contínuo bombardeamento de publicidade nas redes sociais pelos chamados influencers digitais, que, sem qualquer tipo de conhecimentos de saúde, recomendam produtos, medicamentos e tratamentos que legalmente exigem prescrição, execução, dispensa e monitorização por profissionais devido aos enormes riscos que podem implicar para a saúde da população”.
Nesse sentido, afirmam que esta publicidade pode criar “falsas expectativas aos cidadãos” relativamente ao resultado dos tratamentos oferecidos, “colocando em causa os seus interesses económicos, bem como consequências graves e irreparáveis para a sua saúde”.
