Investigadores americanos descobriram alguns sinais clínicos que podem ser utilizados para identificar cães com elevado risco de doenças gastrointestinais. A descoberta foi feita por cientistas do Texas A&M Gastrointestinal Laboratory, nos EUA, e já foi publicado um artigo no Journal of Veterinary Internal Medicine.
“Neste estudo, descobrimos que certos biomarcadores começam a aparecer antes que os sintomas estejam presentes nos animais, e consideramos que isso pode ajudar a identificar cães propensos a desenvolver a doença antes de realmente terem alguma doença gastrointestinal”, referiu Katie Tolbert, nutricionista veterinária e uma das autoras do estudo.
Segundo os investigadores, as raças Soft Coated Wheaten Terrier, Pastor Alemão, Yorkshire Terrier e Staffordshire Bull Terrier são as mais propensas a desenvolver doenças gastrointestinais.
De acordo com Katie Tolbert, “às vezes, os cães predispostos a doenças gastrointestinais podem passar a vida inteira sem apresentar sinais clínicos. No entanto, para outros, os sinais desenvolvem-se logo após algum tipo de stress que impacte o intestino, como uma dieta desequilibrada ou a toma de antibióticos, o que desencadeia o desenvolvimento de doenças gastrointestinais”.
A equipa responsável pela análise recebeu recentemente um financiamento para realizar um novo estudo para averiguar se as alterações na dieta alimentar destes animais ajudam a prevenir ou a retardar o desenvolvimento de doenças gastrointestinais nos cães propensos a desenvolver estas problemáticas.
A autora do estudo sublinhou ainda ter esperança de que a dieta possa ser uma intervenção benigna para reverter a condição destes cães, adiantando que a sua equipa já está a trabalhar no desenvolvimento de novos diagnósticos “que esperamos que tornem a triagem pré-clínica mais disponível”.