A AniCura anunciou que realizou, pela primeira vez em Portugal, uma cirurgia da válvula mitral V-Clamp, um procedimento que “abre novas possibilidades” para o tratamento de doenças cardíacas na medicina veterinária.
De acordo com o comunicado de imprensa, a intervenção decorreu no AniCura Atlântico Hospital Veterinário, e foi conduzida pela equipa de Alexis Santana, especialista em cirurgia cardíaca veterinária no AniCura Albea Hospital Veterinário, em Las Palmas, Espanha.
A técnica Edge to Edge mitral ou V-Clamp é baseada no método Alfieri, amplamente utilizada na medicina humana e agora adaptada para a veterinária, explica a AniCura, adiantando que a doença valvular degenerativa mitral “é uma das patologias cardíacas mais frequentes em cães de pequeno e médio porte”.
Assim, a nota de imprensa explica que o V-Clamp é o primeiro e único dispositivo desenvolvido especialmente para cães, permitindo uma abordagem minimamente invasiva e proporcionando uma recuperação mais rápida e eficaz, com estudos a demonstrarem que mais de 90% dos pacientes sobrevivem ao primeiro ano após a intervenção, com uma redução significativa do volume regurgitante e uma recuperação entre 24 e 48 horas.
Até ao momento, oito pacientes na Península Ibérica já foram submetidos a esta intervenção, apresentando “excelentes taxas de sucesso”. A cirurgia mais recente ocorreu na Gran Canária, seguida, dois dias depois, pela primeira realização do procedimento em Portugal, avança a comunicação do grupo de hospitais e clínicas especializado em cuidados médico-veterinários para animais de companhia.
“Este é um feito extraordinário para a cardiologia veterinária em Portugal e uma demonstração clara de que a medicina veterinária não tem limites. Estamos orgulhosos de fazer parte deste avanço e de continuar a inovar para garantir o melhor cuidado aos nossos pacientes”, afirmu Alexis Santana, Practice Manager e Diretor do Serviço de Cardiologia de Intervenção do AniCura Albea Hospital Veterinário.
Esta cirurgia híbrida, que combina mínima invasão com cirurgia aberta, não requer bypass cardiopulmonar nem paragem cardíaca, reduzindo os riscos cirúrgicos e proporcionando “um tempo de recuperação inferior ao da cirurgia convencional”, revela o comunicado. O procedimento tem a duração média de 45 minutos e, em poucas horas, o paciente já pode caminhar e apresentar “uma melhoria significativa dos sintomas”.
Além do AniCura Albea, esta técnica também pode ser realizada nos hospitais AniCura Ars Veterinaria, em Barcelona, e AniCura Vetsia, em Madrid.