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Cães de terapia podem reduzir ansiedade de crianças hospitalizadas no serviço de urgência

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Os resultados de um estudo internacional indicam que os cães de terapia podem ajudar as crianças hospitalizadas no serviço de urgência a sentirem-se menos ansiosas.

Segundo a investigação, intitulada “Therapy Dogs for Anxiety in Children in the Emergency Department: A Randomized Clinical Trial”, quando adicionada a exposição a um cão de terapia certificado e do seu treinador no processo de recuperação, as crianças internadas registaram uma diminuição significativa, mas ainda “modesta”, da sua ansiedade 45 minutos depois da visita.

 

Da mesma forma, os pais e os responsáveis hospitalares também relataram uma perceção de menor ansiedade nas crianças expostas à intervenção com os cães de terapia.

Os cientistas referiram que se registou uma tendência de menor uso de medicamentos para o stress e ansiedade nas crianças devido à exposição aos cães de terapia, “embora a diferença não tenha atingido significância estatística”.

 

“Estas descobertas fornecem as primeiras evidências para o uso de cães de terapia na minimização a dor e da ansiedade sem o uso de medicamento ou intervenção física entre pacientes pediátricos no serviço de emergência”, sublinharam os investigadores.

Para o estudo, foram incluídos 80 pacientes com idades entre os 5 e 17 anos e uma média de 10,9 anos, registando ansiedade moderada a alta, que foram submetidos a um convívio com um cão de terapia treinado durante cerca de 10 minutos.

 

Os cientistas analisaram os níveis de ansiedade relatados pela criança e pelos pais, que foram medidos no início do estudo e, em seguida, 45 e 120 minutos após a intervenção com o animal. A ansiedade foi medida através da escala FACES, que utiliza expressões faciais que correspondem aos níveis de ansiedade. Além disso, foram ainda medidos os níveis de cortisol da saliva em crianças e nos pais.

Metade das crianças participantes no estudo recebeu os cuidados habituais para as ajudar a manter a calma, que incluem medicação, enquanto a outra metade recebeu os mesmos cuidados e tempo com um cão de terapia.

 

A análise, que decorreu entre fevereiro de 2023 e junho de 2024, também concluiu que os níveis de cortisol na saliva diminuíram em crianças e pais após o contacto com o cão de terapia, mas os níveis de cortisol dos pais foram “consistentemente e significativamente mais altos do que nas crianças”.

Os cientistas explicam ainda que as crianças que visitam o serviço de emergência registam stress psicológico e ansiedade, que pode ser amplificada com os processos de tratamento, com aproximadamente 15% das crianças a necessitarem de intervenções químicas ou físicas para permitir que os tratamentos continuem.

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