A área de renaturalização do “Oeste Ibérico”, na região do Riba-Côa, foi renomeada como “Grande Vale do Côa” pela associação sem fins lucrativos Rewilding Portugal, que se dedica à conservação da natureza através de medidas de rewilding, ou seja, de renaturalização e promoção da vida selvagem. A alteração tem como objetivo fortalecer o reconhecimento da área e refletir a evolução dos esforços de rewilding na mesma, que têm vindo a aumentar desde o início de 2019.
O símbolo da área, que anteriormente representava um auroque (boi selvagem), passou também a ser um cavalo selvagem.
“O nome ‘Grande Vale do Côa’ está muito mais ligado ao povo português”, explica o líder de equipa da Rewilding Portugal, Pedro Prata. “No geral, a mudança ajudará a fortalecer a marca da área de nível local para um nível internacional”, afirma o responsável da associação, que faz parte da Rewilding Europe.
“Decidimos mudar o símbolo da área também, porque a equipa da Rewilding Portugal trabalhará mais com cavalos selvagens do que com tauros (boi selvagem) no futuro”, garante Pedro Prata. “Também se encontram na área gravuras antigas de cavalos selvagens, e sentimos que as pessoas fazem uma ligação mais imediata dos cavalos selvagens à natureza.”
O trabalho da Rewilding Europe em Portugal entrou numa nova fase desde 2019, com um financiamento substancial do Endangered Landscapes Programme e a criação da Rewilding Portugal, na Guarda. O objetivo é fortalecer o corredor de vida selvagem de 120 mil hectares – o Grande Vale do Côa – criando uma ligação entre a Serra da Malcata (na parte sul) e o rio Douro (na parte norte).