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Médicos Veterinários

Veterinários portugueses são os menos satisfeitos com a profissão na Europa 

Portugal, a par da Croácia, é o País no qual os médicos veterinários estão mais insatisfeitos com a profissão, com a satisfação nos 5,9. A média europeia é de 6,9, de acordo com o terceiro Inquérito à Profissão Veterinária na Europa, promovido pela Federação de Veterinários da Europa (FVE).

A tabela é liderada pela Suíça, Dinamarca e Finlândia, na qual a satisfação é superior a 7,7 pontos em dez. Analisando o cenário por aspetos, as piores pontuações em Portugal são na remuneração (4,1 – o pior resultado europeu e a par de Espanha) e no balanço entre vida pessoal e profissional (4,6). Os mesmos aspetos são os com as piores pontuações a nível europeu – cinco pontos para o balanço entre a vida pessoal e profissional e 5,5 na remuneração.

“A tabela é liderada pela Suíça, Dinamarca e Finlândia, na qual a satisfação é superior a 7,7 pontos em dez.”

 

Apesar de a satisfação geral ser positiva, até 9% dos veterinários europeus consideram que não querem trabalhar na área até à idade da reforma e 19% estão inseguros quanto a isso. Os portugueses são os que menos consideram que vão continuar na área, com o valor nos 24%. 25% dos veterinários do País estão inseguros sobre se vão ou não continuar na área.

42% dos profissionais na Europa já fizeram uma mudança significativa na sua carreira dentro da área. Um quarto já mudou de área clínica, 13% mudou para um papel de saúde pública e 4% de um papel de saúde pública para a prática clínica. Em Portugal, a esmagadora maioria (66%) nunca fez uma mudança deste tipo, seguido por 25% que já mudaram para um papel de saúde pública. Apenas 8% mudaram de área clínica e 5% da saúde pública para a prática clínica.

 

De forma geral, 25% dos europeus considera provável mudar o seu papel dentro do setor. O valor sobe para os 35% na faixa etária com menos de 40 anos. Em Portugal, 48% considera pouco provável e 30% provável.

A maioria dos veterinários (69%) não pretende abandonar a área, mas nas faixas mais jovens (menos de 40 anos) 20% afirma ser provável. 26% dos portugueses acha provável abandonar a área, valor superior à média europeia de 16% e o segundo maior valor na Europa. Acima, só a Lituânia com 45%.

“As piores pontuações em Portugal são na remuneração (4,1 – o pior resultado europeu e a par de Espanha) e no balanço entre vida pessoal e profissional (4,6).”

 

O nível de stress na profissão está em altas 

Grande parte dos profissionais europeus (91%) descreveu sentir-se em stress, com 19% a considerarem estarem em stress elevado. Lituânia, Grécia e Itália são os piores a esse nível (38%, 37% e 32%, respetivamente, consideraram estar muito stressados).

 

Quase um quarto (23%) dos veterinários teve de se ausentar mais de duas semanas do trabalho devido a depressão, esgotamento, exaustão ou fadiga por compaixão. O valor em Portugal está nos 20%, uma melhoria em relação aos 25% registados em 2018. A Macedónia e a Lituânia registaram os piores resultados (42% e 41%, respetivamente).

“42% dos profissionais na Europa já fizeram uma mudança significativa na sua carreira dentro da área. Um quarto já mudou de área clínica, 13% mudou para um papel de saúde pública e 4% de um papel de saúde pública para a prática clínica.”

O nível de otimismo na Europa é de 3,2 pontos em cinco. Enquanto 43% relatam que se sentem otimistas em relação ao futuro “muitas vezes ou o tempo todo”, cerca de 24% dizem que sentem isso “raramente” ou “nenhuma das vezes”. Em Portugal, o nível é de 3.

veterinária em burnout

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