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Investigação

Defendido primeiro Doutoramento sobre Medicina Veterinária de Abrigo em Portugal

Defendido o primeiro Doutoramento sobre Medicina Veterinária de Abrigo em Portugal Direitos Reservados

Paulo Afonso defendeu o primeiro doutoramento em Portugal, e “pioneiro na Europa”, em Ciências Veterinárias, com foco em Medicina Veterinária de Abrigo (MVA), na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

O trabalho obteve aprovação, por unanimidade, com a nota máxima de “Muito Bom”, refere o comunicado de imprensa.

 

A tese, com o tema, “Infectious Diseases in Shelter Medicine in Portugal – an Epidemiological Approach from a One Health Perspective”, representa “um marco significativo no campo da MVA, uma área emergente dedicada ao cuidado, saúde e bem-estar dos animais em abrigos, e explora as suas interações com a saúde animal e saúde humana, numa perspetiva One Health (Uma Saúde)”.

“A defesa da minha tese representa não apenas o culminar de anos de estudo e dedicação, mas também um passo importante para o reconhecimento e para a valorização da Medicina Veterinária de Abrigo em Portugal e além”, afirmou Paulo Afonso.

 

E continua: “espero que este trabalho inspire futuros investigadores e profissionais no desenvolvimento contínuo de novos estudos e práticas que melhorem a vida dos animais em abrigos e, consequentemente, a saúde animal e saúde humana. Por último, que tenha impacto no desenho do quadro legislativo e na adoção de políticas públicas sustentadas”.

Até ao momento, os resultados da investigação foram publicados em sete artigos completos em revistas indexadas, dois artigos completos submetidos a revistas indexadas, oito comunicações orais, 31 apresentações de posters e 37 publicações em atas de conferências/livros de resumos.

 

A investigação identificou e abordou algumas das principais doenças infetocontagiosas que afetam os animais de abrigo, em Portugal, com uma abordagem na implementação de protocolos de triagem inicial e cuidados preventivos. Além disso, a tese destaca a importância da higiene e da gestão eficaz dos abrigos, sublinhando a necessidade de práticas rigorosas de higienização e de controlo de infeções, explica a nota de imprensa.

Além disso, a tese detalhou também a criação de programas eficazes para a reabilitação de animais, destacando a importância de intervenções comportamentais e de socialização, que aumentam significativamente as taxas de adoção e reduzem o tempo de permanência nos abrigos.

 

Tendo concluído que, os principais atributos que influenciam as escolhas dos adotantes são o comportamento (52,8%), o tamanho (49,6%), o estado vacinal e de desparasitação (44,3%) e a idade dos animais (36,1%), enquanto a raça (7,2%), o sexo (6,3%) e a coloração (5,1%) foram os menos valorizados.

De acordo com o comunicado, diversos capítulos da tese investigam a prevalência de doenças infeciosas e parasitárias, com implicações para a saúde animal e saúde humana e posiciona os abrigos como sentinelas essenciais para monitorizar a saúde pública, destacando a interconexão entre a saúde animal e humana.

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