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Vila Real: Primeiro centro de Oncologia do interior já foi inaugurado

Vila Real é agora a quarta cidade do País (Lisboa, Porto e Coimbra) a usufruir de um centro especializado em oncologia. O Centro Oncológico de Trás-os-Montes e Alto Douro, inaugurado, anteontem, pelo primeiro-ministro e pela ministra da Saúde vai servir um universo de 500 mil pessoas e custou 12,5 milhões de euros.

Localizado dentro no perímetro do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), o novo edifício conta com cerca de meia centena de profissionais de saúde e vai permitir o tratamento de cerca de 80% dos casos de cancro registados na região, aliviando os serviços do Hospital de S. João e da delegação do Instituto Português de Oncologia (IPO) no Porto.
Segundo a notícia do “Público”, José Sócrates, durante a cerimónia de inauguração, salientou a «qualidade e a excelência» do novo centro, ao nível do melhor que existe em qualquer dos já existentes.
Sócrates defende que para o sistema de saúde português se colocar ao nível dos países desenvolvidos necessita de um investimento contínuo em equipamentos e recursos humanos, apontando o novo centro como um bom exemplo.
A administração do CHTMAD estima que esta nova unidade seja capaz de prestar 800 tratamentos durante o primeiro ano, aumentando para 1700 nos anos posteriores.
Apesar de nos primeiros dias de actividade, o serviço de radioterapia não estar a funcionar, o administrador do CHTMAD, Carlos Vaz, avançou que «dentro de poucos dias está tudo a funcionar, pois as equipas estão já constituídas».
O Centro Oncológico de Trás-os-Montes e Alto Douro encontra-se também equipado com as valências do bloco operatório, serviço de cuidados paliativos e hospital de dia, estante preparado para atender doentes de oito neoplastias. São elas: cancro da mama, do pulmão, da próstata, da pele, do útero, da bexiga, do estômago e colo-rectal.

Reorganização dos serviços de oncologia adiada para 2010
A reorganização dos serviços de oncologia, que vai originar a concentração de unidades, foi adiada para 2010, avançou o “Público”. Os hospitais que tratam pacientes oncológicos em Portugal continuam a não estar formalmente organizados entre si, apesar de haver uma rede de referenciação aprovada desde Janeiro de 2002.
Só recentemente foi constituído um grupo de trabalho para a sua revisão daquela rede, sendo que o novo coordenador nacional para as doenças oncológicas, Pedro Pimentel, admite «algum atraso» a este nível.
Contudo, o responsável defende que isso é preferível «à adopção de um modelo definido em gabinete, centralmente».
O último plano oncológico nacional (2007-2010), divulgado no passado mês de Junho, adianta que «foi constituído um grupo de trabalho» para discutir e rever a Rede de Referenciação Hospitalar em Oncologia (RRHO), e que este estudo deverá estar concluído até ao final de 2009 para que a rede entre em funcionamento em 2010. Isto quando o anterior coordenador nacional para as doenças oncológicas, Joaquim Gouveia, tinha previsto o início da concretização da RRHO já em 2008 e desencadeado polémica ao falar na necessidade de concentrar serviços.
Com a mudança de coordenador, os mais críticos da reorganização na forja, como Jorge Espírito Santo, presidente do Colégio da Especialidade de Oncologia da Ordem dos Médicos (OM), consideram que há agora uma mudança de orientação.
A abertura do centro oncológico de Vila Real é o sinal mais evidente desta «inversão», afirma aquele médico, que classifica a abertura desta valência como «uma viragem de 180 graus». «A ideia agora é descentralizar quando antes era centralizar», sublinhou Espírito Santo.

 

Marvila: Novo IPO deverá entrar em funcionamento entre 2010/2011
As obras para a construção do novo Instituto Português de Oncologia (IPO), que vai passar a localizar-se na parte sul do parque da Bela Vista junto ao futuro Hospital de Todos-os-Santos, deverão iniciar-se em 2009 e deverão estar concluídas «dentro de dois ou três anos», estimou, ontem, a ministra da Saúde, Ana Jorge, ainda sem dados oficiais.
O terreno com uma área de 29.000 metros quadrados onde irá surgir a nova plataforma oncológica de Lisboa foi cedido gratuitamente pela Câmara Municipal de Lisboa ao Ministério da Saúde.
O IPO, fundado há 85 anos, vai passar a ter um novo conceito, isto é, será um centro oncológico integrado que englobará investigação, ensino pré e pós-graduado, apoio psico-social e um hotel para pacientes.
A sua capacidade anual será para dez mil internamentos, 200 mil consultas e 7500 cirurgias; deverá servir uma população de 4,2 milhões de pessoas.«
O presidente do conselho de administração do IPO, Ricardo Luz, considera que as novas instalações farão com que o instituto volte a estar no primeiro plano no tratamento e prevenção do cancro.
O investimento, segundo Ana Jorge, deverá atingir «vários milhões de euros», não especificando valores concretos.

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