“Conhecer a população de rua é essencial pois é resultado do abandono de animais”, refere o médico veterinário Fernando Ferreira, um dos responsáveis pela inovação.
A técnica mais usada para classificar a população canina de rua foi criada pelo Instituto Pasteur em 2002 e indica que esses animais representam cerca de 5% dos indivíduos que têm dono. “Assim, sabendo quantos cães supervisionados vivem numa determinada região, é possível estimar quantos existem nas ruas desse mesmo lugar. Já que existe uma relação direta entre essas duas populações, as estratégias de controlo de cães abandonados passam pelo controlo reprodutivo dos animais de rua”, explica o investigador.
Batizado de “Companion animal population management”, este novo software avalia a validade de uma amostra para estimar o tamanho da população de cães de rua, através de modelos matemáticos.
Os resultados da maioria dos cálculos podem ser exportados para programas como o Excel, o Google Earth ou semelhantes. O objetivo dos cientistas é que o software passe a ser utilizado de forma gratuita por órgãos públicos ou entidades ligadas ao controlo de zoonoses.