Aquela doença representa já 50% das neoplasias em cadelas.
Segundo o médico veterinário, “em Portugal há ainda um grande desconhecimento face aos tumores nos animais e à prevenção que pode ser feita, por exemplo no cancro da mama, o mais prevalente”. Para a prevenção do problema, o clínico recomenda a esterilização do animal, em idade jovem e “preferencialmente” antes do segundo cio, quando não houver objetivos de reprodução. Uma solução que “vai prevenir o sofrimento do animal e também uma opção que sairá mais económica para o dono, porque evita tratamentos para o cancro, como a cirurgia e a eventual quimioterapia, que são muito dispendiosos”, refere Luís Montenegro.
Se não se optar pela esterilização, o veterinário lembra que “é importante a vigilância rotineira da mama, verificar se há pequenos nódulos porque se o tumor for detetado quando tem o tamanho de um bago de arroz, a cirurgia vai resolver o problema. O dono deve também controlar se há uma alteração súbita do comportamento que inclua perda de apetite; perda de vitalidade ou falta de vontade para se exercitar, para que o cancro seja detetado em fases iniciais e possa haver uma atuação atempada do veterinário”.
A incidência de cancro nos animais de companhia tem vindo a aumentar nos últimos anos e é já a causa de morte não acidental mais comum.