O estudo, que vinha a ser desenvolvido desde 1996 pelo Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (CONICET) da Argentina, focou-se no desenvolvimento de uma terapia combinada que para combater o melanoma em cães. “O melanoma canino mucoso é o mais agressivo de todos os melanomas. O tratamento atual é apenas cirúrgico, o que faz com que metade dos pacientes morra três meses depois”, refere Gerardo Glikin, investigador responsável pelo estudo.
Em geral, na altura do diagnóstico, a doença já se apresenta com mestastases noutras partes do corpo e as probabilidades de sobrevivência são baixas. O tratamento agora desenvolvido inclui três passos: primeiro um processo cirúrgico para reduzir o tamanho do tumor, depois uma injeção local com um gene suicida e por fim uma vacina com extrator tumorais desenhada para estimular uma resposta imunitária contra este cancro a longo prazo.
“A cirurgia permite, em primeira instância, reduzir a quantidade de células malignas porque este tipo de cancro tem tendência a reaparecer”, referem os investigadores. “Com este procedimento, 50% dos pacientes, que sem tratamento teriam uma sobrevivência de 90 dias, passam a ter muitas possibilidades de passar os 500 dias de sobrevivência”.