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Retrato de um universo em mutação

Retrato de um universo em mutação

Em Portugal, a formação em medicina veterinária tem vindo a sofrer alterações relevantes, sobretudo ao longo da última década.

Lisboa foi o berço da formação em medicina veterinária, quando em 1830 o rei D. Miguel fundou a então chamada Real Escola de Veterinária, actualmente a Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa. Nessa altura, e durante muito tempo, o ensino de veterinária permaneceu ligado às ciências agrárias, até que em 1910 se dá a cisão entre o ensino da agronomia, da silvicultura e da veterinária.
 
Ainda hoje a formação em medicina veterinária em Portugal é plurifacetada, incluindo diferentes vertentes além da área clínica, como a produção animal, a sanidade animal, a saúde pública, as tecnologias dos produtos alimentares, ou a inspecção de produtos de origem animal, o que se explica por continuarem a ser mercados de trabalho importantes, ainda que com um peso decrescente. A inspecção de produtos de origem animal, por exemplo, é uma saída profissional interessante mesmo em termos internacionais, por exemplo em Inglaterra, onde não existe esta formação.

A área clínica propriamente dita, ligada às diversas espécies, tem vindo a ganhar peso crescente no plano de estudos, indiciando «a transição de um curso que era muito pouco clínico, para um curso que se tem tornado predominantemente clínico», como explica o professor Sales Luís, da Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa.

 

Portugal começa a seguir, a este nível, a tendência de países europeus, como a Inglaterra, ou os EUA, onde os cursos de veterinária formam exclusivamente na vertente clínica e médica, em paralelo com o que acontece com a medicina humana.

Leia o artigo completo na Veterinária Actual 16.

 
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