A investigação da University of Wisconsin-Madison (EUA) foi agora publicada na revista Nature e demonstra que os vírus atualmente em circulação precisam apenas de quatro mutações na proteína hemaglutinina, presente na superfície dos vírus e que lhe permite associar-se às células do hospedeiro, para que este se torne numa ameaça para os humanos, avança o portal Alert Online.
Os investigadores mostraram a maneira como o vírus da gripe das aves e dos humanos, quando modificado, pode ser transmitido às pessoas. Com a constante alteração dos vírus, a possibilidade do H5N1 adquirir a combinação exata de mutações e tornar-se uma ameaça para os humanos é maior do que os especialistas esperavam.
Se o vírus H5N1 que está atualmente em circulação pode ou não adquirir facilmente estas mutações, necessárias para causar uma pandemia, é uma questão que fica em aberto. “É difícil de prever. Estas mutações podem surgir à medida que o vírus permanece em circulação”, revelou Yoshihiro Kawaoka, coordenadora da investigação.