De acordo com o secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto, a libertação dos animais estava prevista para o primeiro semestre de 2014, mas se este vírus se continuar a espalhar, o lince ibérico corre o risco de não sobreviver por não encontrar alimento disponível.
“No Alentejo, por exemplo, as populações de coelho bravo foram reduzidas em 80% este ano, devido à doença”, disse ao jornal Sol Pedro Esteves, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, da Universidade do Porto. “É bastante diferente dos vírus conhecidos da DH. Este mata coelhos mais pequenos, com menos de dois meses, o que não acontecia com os outros”.
Para Pedro Esteves, a única forma de combater a praga é “aumentar os refúgios e a alimentação disponível” e “reduzir a caça à espécie”. Para este investigador, é prematura a reintrodução do lince ibérico na natureza já em 2014. “Deveríamos esperar pelo menos três ou quatro anos, para o coelho recuperar”, aconselha Pedro Esteves.