A Petable, aplicação criada para donos de animais de companhia para facilitar a comunicação com médicos veterinários, foi uma das 200 startups a fazer uma apresentação durante o Web Summit, o maior evento de tecnologia do mundo que passou por Lisboa na passada semana.
Bruno Farinha, CEO da Petable, falou com a VETERINÁRIA ATUAL no final do seu pitch, e revelou que as próximas apostas passam pelo mercado americano e pela entrada no mundo dos seguros para animais de estimação.
“O júri colocou questões no final do pitch e a vantagem é que o feedback é ainda mais sincero do que se estivéssemos numa conversa. Como júri estão a avaliar e lembram-se de questões que nunca tínhamos pensado. Aconteceu no P2P (peer to peer) a nível dos seguros para animais de estimação, que estamos a começar a explorar”
Em causa está a negociação da Petable com seguradoras para conseguir pacotes de seguro específicos para determinada raça, por exemplo. “Normalmente temos bulldogs franceses com seguros mais elevados ou determinados animais com situações que não são cobertas pelos seguros. O que queremos é fazer crescer a nossa rede de forma a conseguirmos falar com companhias de seguros e criar pacotes específicos. À partida estamos a dar às seguradoras 5 ou 10 mil clientes para aquele pacote de seguros”, explica Bruno Farinha.
“Fazemos a intermediação com o cliente, ou seja, vamos falar com a seguradora já com um pacote de clientes. É uma ideia que queremos implementar, estamos a dar os primeiros passos e precisamos de mais massa crítica, mas acredito que dentro do pet insurance é o futuro”.
A Petable está a estudar a implementação no Reino Unido, “onde o mercado de seguros tem uma penetração entre 20 e 30%, e na Escandinávia, onde estamos a falar de uma taxa de penetração de 30 a 40%. No Reino Unido estamos em negociações com um grupo de clínicas e com uma seguradora através da parceria que temos com a Deloitte e na Escandinávia começámos a falar com uma cadeia de clinicas veterinárias. Mas demora tempo”.
Para já a Petable está implementada Portugal, Brasil e EUA. A app teve a sua estreia no mercado americano no passado mês de setembro e já tem clientes e utilizadores. “Em setembro estive em Austin e fechámos o primeiro piloto pago com uma cadeia de hospitais veterinários”, revelou Bruno Farinha.
A entrada no mercado americano foi feita já com a nova versão do software que vai ser lançado nos restantes países no final de novembro, que vai substituir a que está app store.
