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Pesticidas relacionados com morte de abelhas

Morte de abelhas: mosca parasitária pode ser a causa

Os pesticidas mais usados no mundo estão a contribuir para o desaparecimento das abelhas e abelhões, pelo que os seus processos de autorização devem ser reavaliados, defendem dois estudos publicados na revista Science.

Uma das equipas de investigação, coordenada por Penélope Whitehorn, da Universidade de Stirling (Reino Unido), estudou os efeitos dos imidacloprides, um tipo de neonicotinóide que a Direção-Geral de Agricultura portuguesa considera “extremamente perigoso para as abelhas” e aves, avança o jornal Público.

Durante seis semanas, os investigadores expuseram colónias de abelhas da espécie Bombus terrestris a baixos níveis de imidacloprides, semelhantes àqueles a que estes insetos são expostos na natureza. Os cientistas concluíram que as colónias eram entre 8 a 12% mais pequenas do que aquelas que não foram expostas ao inseticida. Além disso produziram menos 85% de rainhas. “Os abelhões polinizam muitas das nossas culturas e flores selvagens. O uso de neonicotinóides coloca, claramente, uma ameaça à sua saúde e precisa de ser reavaliado com urgência”, disse Dave Goulson, da mesma universidade e coautor do artigo.

 

O outro artigo, que incidiu o estudo sobre os impactos de um outro neonicotinoide, o tiametoxame, também é considerado pela Direção-Geral de Agricultura “perigoso para as abelhas”. Os cientistas aplicaram, nalguns animais, uma dose de tiametoxame: a probabilidade de morrerem fora das colmeias aumentou duas a três vezes, porque este inseticida interferiu com as suas capacidades de orientação. “As colónias de abelhas expostas a este químico entram num processo de declínio do qual já será muito difícil recuperar”, concluíram.

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