De acordo com o jornal Público, a pena aplicada a Aprígio Santos teve em consideração não apenas os valores da natureza destruídos, mas também os objetivos “por detrás da destruição completa de um sapal com habitats protegidos e a remoção de bioindicadores de habitats protegidos”, segundo denunciou A Rocha, Associação Cristã de Estudo e Defesa do Ambiente, com sede junto à quinta comprada por Aprígio Santos ao empresário Joe Berardo.
O acórdão refere que as intervenções efetuadas nesta zona “visavam seguir o exemplo do que sucedeu noutras zonas da região”, em que “dentro do aparente respeito” pelas normas ambientais, “inicia-se a construção e outras obras de desenvolvimento, que lentamente vão absorvendo (fazendo desaparecer) os obstáculos naturais e legais”, levando a construção de um “lucrativo empreendimento até onde for permitido”.
O porta-voz de A Rocha, Tiago Branco, declarou que a decisão do Tribunal de Portimão “fez história na defesa do ambiente”. Acrescentou que no Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé decorre outro processo, movido pelas seis associações que integram o Grupo de Acompanhamento da Ria de Alvor, exigindo a “reposição dos habitats destruídos, para que não avance a construção”.