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ONU: 34 mil portugueses infectados com VIH/sida em 2007

ONU: 34 mil portugueses infectados com VIH/sida em 2007

Cerca de 34.000 adultos e crianças com mais de 15 anos, estavam infectados no ano passado com o vírus de VIH/sida em Portugal, de acordo com as estimativas do relatório anual do Programa Conjunto das Nações Unidas para a doença.

O “Relatório sobre a Epidemia Mundial do HIV/SIDA – 2008”, divulgado ontem revelou que o número estimado de pessoas infectadas em 2007 com o vírus da sida em território nacional era de 34.000, sendo que as estimativas mais baixas apontam para 20.000 e as mais altas para 63.000, noticiou o “Diário Digital”.
Em 2001, as estimativas da ONUSIDA para adultos e crianças falavam em 29.000 infectados em Portugal. O melhor cenário apontava para 18.000 e o pior para cerca de 51.000.
O documento indica também que o número de mortes de adultos e crianças portuguesas no ano passado devido à doença foi inferior a 500.
A percentagem estimada de prevalência da doença nos adultos portugueses, nomeadamente na faixa etária de 15 aos 49 anos, foi de 0,5% para igual período. No que diz respeito a prevalência nos jovens entre os 15 e 24 anos, o documento refere que 0,3% das jovens mulheres se encontravam infectadas em 2007, enquanto a percentagem nos jovens do sexo masculino aumentava 0,5%.
Portugal posiciona-se na lista de 16 países onde existe mais de 75% de cobertura de tratamento antiretrovírico para adultos e crianças com VIH/sida em estado avançado, juntamente com a Alemanha, Reino Unido, Irlanda do Norte, Dinamarca, Butão, Botswana, Chile, Costa Rica, Cuba, Chipre, Geórgia, Israel ou Namíbia.
De facto, pela primeira vez, o Programa Conjunto das Nações Unidas para o VIH/sida (ONUSIDA) reconheceu que os esforços para diminuir os efeitos nefastos desta epidemia começam a dar resultados.
Cerca de 2,7 milhões de pessoas foram infectadas pelo vírus, representando uma redução de três milhões de pessoas desde 2001. No ano passado morreram dois milhões de pessoas devido à epidemia.
Mas apesar do número de mortes e casos de novas infecções ter diminuído em relação aos anos anteriores, a ONUSIDA alerta para o facto de 7.500 pessoas serem ainda infectadas diariamente em todo o mundo, considerando que os níveis permanecem «inaceitáveis».
Por cada dois doentes com VIH em tratamento, segundo a organização, existem cinco novos casos, reconhecendo que, actualmente, 33 milhões de pessoas vivem com o vírus.
O documento, relativo a 147 países, revelou a existência de um decréscimo dos contágios entre mãe e filho, bem como um aumento das pessoas em tratamento.

PS admite acabar com discriminação de infectados
Após a apresentação, por parte do Bloco de Esquerda, de um diploma para impedir um tratamento desigual na escola, na saúde e no acesso ao crédito bancário, o Partido Socialista, pela voz de Ricardo Rodrigues, prometeu avaliar a proposta bloquista, mostrando-se estar sempre disponível para lutar contra a discriminação.
O PS «está sempre disponível a analisar todas as propostas que vão ao encontro do combate à discriminação, designadamente o apresentado pelo Bloco para proibir a discriminação dos portadores de VIH/sida», afirmou ao “Diário de Notícias”, o vice-presidente da bancada socialista.
Ricardo Rodrigues referiu que a proposta será analisada no reinício dos trabalhos parlamentares e alertou para o facto de se «poder exigir no universo do público medidas mais activas de combate à discriminação do que no sector privado».
Por exemplo, na escola pública, nunca se deverá verificar qualquer tipo de discriminação de alunos ou docentes portadores de qualquer tipo de deficiência mas o mesmo é mais difícil de exigir no privado, cuja inscrição é voluntária.
O Bloco de Esquerda lembra, justificando os motivos deste diploma, que «as características da discriminação têm sofrido mudanças de forma e conteúdo ao longo dos anos» e que «se até ao princípio dos anos 90, esta se erigia de forma directa e ostensiva, de então para cá tem assumido um modo mais insidioso mas nem por isso menos violento». Exemplo disso são situações de discriminação nos serviços de saúde, no mundo do trabalho e na escola.
Desta forma, proíbe-se «a recusa a limitação ou o impedimento de acesso aos cuidados de saúde prestados em estabelecimentos de saúde públicos ou privados».

 

Medicamento que reduz vírus a níveis indetectáveis brevemente em Portugal
Dentro de uma a duas semanas vai poder ser administrado em Portugal aos doentes com VIH/Sida o Raltegravir, um novo medicamento cujos testes indicam que reduz o vírus a níveis praticamente indetectáveis, avançou ontem, o médico Eugénio Teófilo.
Aprovado pelo INFARMED no dia 23 de Julho, o medicamento em causa reduz a carga viral para valores muito baixos em 90% dos casos quando tomado ao longo de 48 semanas, revelam estudos realizados em vários países.
O especialista em VIH/Sida acompanhou ensaios clínicos realizados noutros países com o medicamento, tal como vai suceder num outro estudo mundial a decorrer e no qual também participam doentes portugueses.
Além de baixar o vírus para valores residuais e quase indetectáveis, o Raltegravir terá ainda «poucos efeitos tóxicos», explicou Eugénio Teófilo, citado pelo “Diário Digital”, pelo que foi dado observar até agora nos estudos realizados.
O medicamento terá que ser administrado com outros fármacos e será administrado duas vezes por dia. O fármaco estará apenas disponível nas farmácias hospitalares e terá um custo mensal por doente de 850 euros, custo de uma caixa com 60 comprimidos.

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