Conforme refere o “press release” do “AlphaGalileo”, é comummente considerado que as espécies de rápido crescimento apresentam um elevado risco de desenvolver determinados tipos de doenças do esqueleto.
Intitulada “Growth patterns and metaphyseal irregularities: a study of 4 large breeds with emphasis on irregularities in the distal metaphysis of the radius and ulna in Newfoundland dogs”, a tese é o resultado de um estudo que abrangeu cerca de 700 cães de quatro espécies diferentes e que viviam em casa com os seus donos.
Os cães foram acompanhados desde o seu nascimento até aos dois anos de idade, tendo-se efectuado diversos procedimentos, nomeadamente a medição do peso, a colheita de amostras de sangue, e os membros dianteiros foram radiografados várias vezes.
Pela primeira vez, as curvas de crescimento normais estão agora estabelecidas nas quatro espécies estudadas, sugerindo que estas possuem diferentes padrões de crescimento e que as fêmeas crescem mais lentamente relativamente a cães machos.
Outra conclusão curiosa foi o facto de o Labrador Retriever crescer mais rapidamente do que o Newfoundland, Irish wolfhound e o Leonberger, o que sugere que as espécies de maiores dimensões não crescem, necessariamente, mais rapidamente.
Assim sendo, a ideia predominante de que existe uma correlação entre um rápido crescimento e uma elevada incidência de doenças comuns do esqueleto tem de ser revista.
Novos conhecimentos sobre doenças do esqueleto em cães de raças de rápido crescimento
A médica veterinária Catherine Trangerud defendeu recentemente a sua tese de doutoramento na Norwegian School of Veterinary Science, onde analisou a relação entre a velocidade de crescimento em cães jovens e o desenvolvimento de doenças do esqueleto, como a displasia do cotovelo e da anca.