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Maia: Alerta da população leva GNR a procurar felino

O alerta de que andaria um felino à solta na zona de Leandro, na Maia, levou 50 militares da GNR e voluntários da Protecção Civil da Maia a patrulhar o terreno. Apesar de nenhum animal ainda não ter sido encontrado, as autoridades garantem que «leão não é».

As pegadas de nove centímetros na terra cultivada, os fardos destruídos, os revestimentos plásticos rasgados e as marcas de garras nas árvores foram alguns dos indícios que levaram um lavrador de Leandro a denunciar, no dia 18 de Junho, a situação às autoridades.
Esta situação foi inicialmente associada ao circo que esteve montado num terreno em S. Romão do Coronado, na Trofa, junto à área de Leandro. A primeira inspecção das autoridades no terreno agrícola foi realizada no dia 20 de Junho mas os militares do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR não conseguiram determinar a espécie animal através das pegadas. Até ao momento, não existem certezas sobre o tipo de animal que andará pela zona.
«A nós, compete-nos sossegar a população. Fizemos todo o trabalho como se fosse um felino, mas não acredito que seja. Não encontrámos qualquer animal. Estou convencido de que será um cão de grande porte», garantiu, em entrevista ao “Jornal de Notícias”, o comandante da Protecção Civil da Maia, António Lopes.
Os especialistas chamados ao local lançam a hipótese de se tratar de um gato bravo ou um javali. «No início da tarde de ontem, o Instituto de Conservação da Natureza (ICN) contactou-me para enviar um funcionário experiente com uma arma telescópica [equipada com dardos sedativos]. E ele confirmou que algo se passa lá. Há árvores roçadas que poderão ser de um gato bravo, de um javali ou de um lince, que é a hipótese mais remota. Leão não é», explicou o director do Zoo da Maia, Carlos Teixeira.
O responsável adiantou ainda que, a pedido do ICN, poderão ser colocadas armadilhas no terreno.
Contudo, apesar da garantia das autoridades, alguns moradores mantêm a convicção de que se trata de um leão. Exemplo disso é Jacinto Moura que sustenta a sua opinião na informação dada por um militar de que seria um felino de 80 a 100 quilos. «Mas não contam sempre a mesma coisa», admite o morador que só se apercebeu da situação devido «ao movimento anormal de tantos militares da GNR».
A verdade é que ainda ninguém viu o animal. Nem os moradores, nem as dezenas de militares e de voluntários que participaram nas batidas pelos campos. Só se encontraram marcas.
Mas António Lopes não tem dúvidas de que a população nada tem a temer: «Não há felino nenhum», rematou.

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