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Laboratório Veterinário Inno: «Queremos ser os melhores no mercado»

Laboratório Veterinário Inno: «Queremos ser os melhores no mercado»

A inovação nos laboratórios Inno começa no nome e não se sabe onde termina, pois inovar é uma preocupação constante e uma necessidade absoluta, seja no software ou nos serviços aos dispor do médico veterinário. Com sede em Braga, foi montada uma estrutura que permite a recolha de amostras por todo o país e entrega de resultados com rapidez.

Era uma vez uma família de médios veterinários. O avô, Horácio Brilhante Simões, médico veterinário municipal em Torre de Moncorvo; o tio, Fernando Brilhante Simões, professor de Anatomia Descritiva na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa (FMV-UTL); e Paula Brilhante Simões, não degenerando, seguiu a tradição e hoje é directora-técnica dos laboratórios Inno, em Braga.

Foi no fim do secundário que, optar pelo curso de Medicina Veterinária, para que pudesse trabalhar na área da tecnologia dos alimentos, se tornou uma certeza. Após se licenciar, começou por fazer inspecção e quando deu por si estava no Porto a participar na organização de leilões de gado e na classificação de carcaças. Não obstante, trabalhar na fábrica onde se iniciou nas inspecções, acabou por lhe “abrir uma janela” para o campo dos laboratórios, isto porque «montei um na área da microbiologia dos alimentos», conta Paula Brilhante Simões.

 

Entretanto, no Porto, «tinha uma colega no recente laboratório da Clínica Veterinária do Lima que, como ia sair, lembrou-se de que eu já tinha montado um laboratório», refere a médica veterinária, que acabou por trabalhar, durante 18 anos, na clínica que viria a dar origem ao Hospital Veterinário do Porto. Até que há ano e meio tornou-se directora técnica da Inno. Porém, não abandonou a sua paixão pela área alimentar, já que, em paralelo, «trabalho na parte de auditoria da segurança alimentar».

Inovação com dois “n”

 

Se há uma característica que se pretende destacar no projecto é a inovação. Esta começa no nome, visto que «é uma abreviatura da palavra “inovação”, sendo que os dois “n” se devem ao facto de na maior parte das línguas o vocábulo ser formado por esta dupla de consoantes», explica o director-geral, Bruno Filipe Pina.

E a inovação não se fica pelo nome: «o laboratório possui tecnologia de ponta e somos únicos em Portugal a utilizar certas técnicas». Um dos ex libris é, sem dúvidas, o software, «totalmente português, de controlo e gestão de todas as análises realizadas». De acordo com o responsável, «o sistema permite que através do nosso site, os clientes possam fazer requisições de análises. Para tal, inserem os dados do animal no sistema, que ganha um código de identificação e, a posteriori, sempre que for preciso pedir análises desse animal, basta inserir o código, que será logo reconhecido. No final, ao clicar no “OK”, vai aparecer uma ficha com todas as análises pedidas, assim como informações relativas ao tubo adequado ou ao envio para o laboratório, etc.; e o valor unitário e total». O sistema permite ainda que o médico veterinário possa consultar «todo o histórico de análises do paciente ou mesmo o estado do pedido: se o sangue já chegou ao laboratório ou se os resultados já estão disponíveis».

 

Quanto às vantagens do novo software, Bruno Filipe Pina aponta «uma maior rapidez e ganhos em termos operacionais».

Mas há mais. «Criamos perfis screenings adequados, no fundo trata-se de um check-up constituído por parâmetros de hematologia e bioquímica». Uma das finalidades é «estimular a medicina preventiva em Portugal, ou seja, incentivar os donos a levarem os animais, pelo menos, uma ou duas vezes por ano à clínica para fazer as vacinas e um check-up clínico de análises», afirma Bruno Filipe Pina, reforçando que «inovamos, igualmente, com perfis de investigação geral, a preços extremamente competitivos, em que os nossos clientes têm acesso a um perfil constituído por 21 parâmetros bioquímicos».

 

«Queremos ser os melhores no mercado», declara Paula Brilhante Simões, daí «tentarmos responder às necessidades dos médicos veterinários ao nível do diagnóstico complementar». Todavia, na Inno não se pretende apenas dar esta resposta, mas «transformar-nos num dos elementos da equipa do CAMV», garante o director-geral. Como? «Fomentando o contacto com o cliente! Queremos que nos liguem, não só para que possamos contribuir com os resultados numéricos, mas também para o ajudar no diagnóstico», responde a directora técnica.

«Temos ainda um serviço de aconselhamento em que o cliente pode telefonar-nos para esclarecer dúvidas e pedir conselhos no relativo ao tipo de análises adequadas para cada caso», adianta Bruno Filipe Pina.

Tudo in house

Funcionam doze horas por dia e seis dias por semana. A azáfama na Inno começa logo às nove da manhã, quando começam a chegar as primeiras amostras de sangue do dia, recolhidas nos CAMV. Conscientes da fragilidade das matérias com que trabalham, desenvolveram vários métodos de recolha. Na zona do Porto e de Braga, «vamos, com carro próprio, buscar as amostras; já no resto do país, usamos o serviço de uma transportadora – se bem que os clientes também podem optar por correio normal – sendo que o material chega, o mais tardar, às nove da manhã do dia seguinte àquele em que é expedido», assegura Paula Brilhante Simões. Basta que «o médico veterinário entre em contacto connosco, que nós tratamos de tudo relativo ao processo de envio», acrescenta Bruno Filipe Pina.
O tempo de entrega dos resultados depende do tipo de análise que é requerido. «Mas diria que, no caso das mais rotineiras, damos os resultados no próprio dia», referiu a directora técnica.

Em termos de serviços, o leque é abrangente e completo, não só nas chamadas análises de rotina como a hematologia, a bioquímica, a urianálise, a parasitologia, a coagulação, mas também na área da imunologia, endocrinologia, microbiologia, alergologia, biologia molecular e citologia em conjunto com histopatologia. Paula Brilhante Simões explica: «é bastante vantajoso oferecermos estes dois serviços em conjunto, visto que, por exemplo, permite usufruir da citologia como primeiro passo numa situação de tumor, avançando-se, entretanto, após a extirpação durante a cirurgia, para o campo da histopatologia». A médica veterinária acredita que «somos o único laboratório a proporcionar esta possibilidade».

Este serviço é um dos que contribui para que a directora técnica considere que «o facto de concentrarmos todas as áreas de diagnóstico de análise clínicas nos distingue no mercado».

Bruno Filipe Pina acrescenta que, «à excepção de PCRs e de uma ou outra análise bioquímica, fazemos tudo in house».

A relevância do laboratório especializado

A equipa de médicos veterinários dos laboratórios Inno só faz patologia clínica ao nível do diagnóstico. O que é uma vantagem quando se compara o laboratório de um CAMV com um especializado. «Numa clínica ou num hospital dificilmente há um médico veterinário que se dedique exclusivamente a esta área como acontece aqui», revela Paula Brilhante Simões, acrescentando que a existência de um laboratório num CAMV serve para uma primeira abordagem na fase inicial do caso. Porém, à medida que a situação avança, há alterações que só pessoas que dedicam o seu tempo profissional a esta área conseguem detectar e avaliar». Na verdade, ao nível do hemograma, «todos os esfregaços correspondentes ao sangue são observados ao microscópio porque as máquinas não detectam pequenas alterações morfológicas e só desta maneira podemos, no âmbito do diagnóstico, eliminar ou descobrir possibilidades», conclui.

Por outro lado, «temos equipamentos mais evoluídos e com outras metodologias», daí que «não sejam, exactamente, acessíveis a todos os hospitais e clínicas». Como os aparelhos dos CAMV parecem apresentar, de facto, algumas limitações, a directora técnica reitera que «quando se quer fazer um estudo aprofundado do caso, acaba-se sempre por ter de se enviar o material para um laboratório especializado». Bruno Filipe Pina conclui, com base em todas as razões apresentadas, que «os centros de atendimento nunca vão conseguir ter um laboratório com o nível, por exemplo, dos da Inno».

O director-geral alerta que «criar um laboratório próprio é um investimento bastante avultado para um CAMV», sendo que, no fundo, «está-se a gastar verbas que poderiam ser alocadas a outras áreas mais prementes, designadamente cirurgia ou imagiologia».

Após estar há dois anos e meio no mercado, a Inno conta entre os seus clientes, com «grandes hospitais que redimensionaram os seus laboratórios, deixando o equipamento necessário apenas para as primeiras abordagens e o resto trabalham em exclusivo connosco; e com clientes, entre eles clínicas de pequena dimensão, que, puro e simplesmente, abandonaram os seus laboratórios», menciona o responsável, salientando que «sabemos que muitos dos nossos clientes seguiram uma lógica racional de recursos e alocaram as verbas noutras áreas, conseguindo, inclusive, oferecer actualmente outros serviços».

Próximo destino: Lisboa

Se a inovação é uma das características que mais se destaca no projecto, o dinamismo não se fica atrás. A empresa, seguindo a sua estratégia de crescimento, «irá abrir o seu segundo laboratório, na região de Lisboa, para deste modo melhor servir os seus clientes da zona Sul, permitindo que estes possam socorrer-se de todos os serviços oferecidos pelos nossos laboratórios, com o mesmo nível de rapidez e eficiência que os nossos clientes da área Norte já usufruem», revela Bruno Filipe Pina. A finalidade das novas instalações é permitir que «estejamos mais perto de uma boa parte dos clientes e conseguirmos servir melhor um mercado importante para o nosso desenvolvimento e carente de alguma competitividade, que será benéfica para os médicos veterinários».

Mas o futuro da empresa está, de certa maneira, a ser escrito no presente: «acabámos de estabelecer uma parceria única a nível da Península Ibérica, a primeira realizada entre um laboratório português e um espanhol», sublinha o director-geral, explicando que «o Inno e o Alergovet, laboratório líder europeu em alergologia, uniram-se para melhor servir o mercado português neste campo». Com esta parceria, de acordo com o responsável, «os médicos veterinários terão a acesso a um serviço de alergologia caracterizado pela rapidez, melhor relação qualidade/preço, assim como a relatórios e assessoria técnica em português, realizada pela nossa equipa».

No início deste ano, a empresa lançou ainda o clube Premium, «que tem múltiplas vantagens e muitas surpresas. Irá permitir um tratamento exclusivo e um melhor acompanhamento dos médicos veterinários por parte do laboratório. Com esta iniciativa os nossos clientes também terão vantagens em outros serviços, oferecidos por várias entidades directa ou indirectamente ligadas à actividade médica veterinária, que irá complementar a oferta do clube Premium e o tornar inovador no sector». Neste sentido, «estamos em condições de brevemente comunicar uma grande parceria com uma importante empresa do sector veterinário», revela Bruno Filipe Pina.

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