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Jorge Cid, bastonário da OMV: “Gostaria que vissem a Ordem como um parceiro”

Bastonário da OMV diz que houve “articulação perfeita entre as várias entidades” para salvar animais em Monchique

A terceira edição dos Prémios Veterinária Atual, uma iniciativa da revista VETERNÁRIA ATUAL em conjunto com o Grupo IFE, contou com a presença de Jorge Cid, Bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários, que aproveitou o discurso de abertura da cerimónia para fazer um balanço do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido desde há três meses, altura em que teve início o seu mandado.

Além de congratular a iniciativa da revista VETERINÁRIA ATUAL, Jorge Cid aproveitou a ocasião para fazer alguns apelos aos presentes. “Têm sido três meses difíceis, de muito trabalho. Com o esforço possível temos tentado por a casa em dia”, afirmou. Preocupado com a acumulação de processos do Conselho Profissional e Deontológico e do atraso no seu seguimento, confessou que a OMV está concentrada em dar resposta a todos os colegas que se dirigem ao mesmo. “O mercado está muito complicado”, disse. “Todos os dias nos chegam queixas. Temos agora em cima da mesa os casos de Câmaras Municipais que querem substituir as clínicas. São ações populistas e que considero escandalosas”.

O Bastonário confessou que a OMV tem vindo a exercer muita pressão junto do poder político para preservar a atividade médico-veterinária. “Também tivemos reuniões na DGAV, vamos tentar implementar o livro de vacinas distribuído apenas para médicos veterinários porque todos os dias nos chegam aquelas queixas de usurpação de funções”.

 

No que respeita aos microchips “estamos a tentar que a identificação animal seja também da exclusiva responsabilidade do médico veterinário”. A OMV tem ainda desenvolvido ações na Assembleia da República no que concerne à lei da criminalidade de maus tratos e bem-estar animal.

Médico veterinário não deve ser relegado para segundo plano

 

“Em linhas gerais defendemos que tem de ser o médico veterinário o elemento que vai avaliar se houve ou não maus tratos, não podendo ser substituído por representantes de associações de animais. Julgo que todos sabemos o que se passa com as associações, e ainda que reconheça que existam algumas que são credíveis, a realidade é preocupante. A OMV nunca aprovaria o projeto que estava pensado, em que o médico veterinário seria relegado para segundo plano e os maus tratos seriam sempre avaliados não se sabe bem por quem. Só o médico veterinário é que está habilitado para avaliar se um animal foi ou não maltratado e essa função não caberá às associações, por mais boa vontade que exista”, explicou.

Mais conhecedor da realidade de pequenos animais, passou a mensagem de que na área de grandes animais a situação não é melhor, destacando a problemática da venda ilegal de medicamentos. “A Medicina Veterinária não tem um grande lobby. Recentemente fomos recebidos pelo Presidente da República que se mostrou bastante interessado em ouvir os nossos problemas. Fiz questão de o sensibilizar para o problema do IVA, explicando-lhe que somos a única classe que paga este imposto, o que o deixou muito sensibilizado. Isto vale o que vale, mas é esta a luta que todos temos de ter”.

 

No final deixou um apelo as colegas presentes: “Gostaria que vissem a OMV como um parceiro e nos enviassem as vossas sugestões construtivas, pois o que recebemos diariamente são queixas e críticas”, adiantando que atualmente todos os contactos têm resposta por parte do organismo.

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