Os gatos interagem mais intensamente com os seus tutores depois de longos períodos de separação. De acordo com um estudo recentemente publicado, isto revela a necessidade destes animais restabelecerem a relação com os seus tutores depois de passarem longos períodos sozinhos.
A necessidade de contacto dos gatos com o ser humano é ainda pouco estudada, até porque é crença geral que os gatos são animais independentes, necessitando de menos contacto com os donos do que os cães.
Mas o estudo agora publicado mostra que pode não ser bem assim. Para perceber quais as necessidades de interação com humanos dos gatos, os investigadores analisaram o comportamento dos animais antes, depois e durante a separação do animal e do seu dono.
Os resultados mostram que não se registam alterações de comportamento no animal antes da partida do dono nem durante os primeiros cinco minutos de separação. Adisso, não se observaram grandes diferenças de comportamento nos gatos até praticamente à fase final da separação, o que mostra que os animais não são muito afetados pela separação.
Contudo, no reencontro com o tutor os gatos ronronam mais e tentam estabelecer contacto físico. Os tutores, por sua vez, iniciam contacto verbal mais vezes. De acordo com os autores do estudo, “o maior nível de contacto social iniciado pelos gatos depois de uma separação mais prolongada indica um comportamento de procura de contacto, o que significa que o dono do animal é uma parte importante do ambiente social do gato”.