O estudo intitulado “Gaivotas e praias são reservatórios para bactérias multirresistentes”, revelou que as fezes das gaivotas, recolhidas nas praias do Porto e de Matosinhos entre dezembro de 2007 e abril de 2008, tinham uma “elevada prevalência de salmonelas”.
O estudo revelou ainda que as gaivotas estavam a excretar bactérias multirresistentes. De forma a prevenir riscos para a saúde pública, nomeadamente nas zonas costeiras, o investigador aconselha a população em geral a deixar de dar alimento àquelas aves marinhas, mas salienta que também é necessário tratar bem os efluentes e tomar antibióticos de forma prudente.
“É preciso tomar os antibióticos de uma forma muito prudente, é necessário tratar muito bem os efluentes, porque entram na orla costeira nas zonas de estuários dos rios e (…) e é preciso que o ser humano não alimente estas aves para não criar desequilíbrios populacionais de outras aves da orla costeira”, explicou o investigador.
“O que se está a colocar no meio ambiente não é diluído nesse meio ambiente, havendo espécies, como as gaivotas, que ficam como reservatório e depois ampliam e devolvem às áreas que os humanos ocupam esses mesmos problemas que estamos a gerar”, explicou ainda o veterinário.