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ETARs podem disseminar bactérias resistentes a antibióticos

ETARs podem disseminar bactérias resistentes a antibióticos

As águas residuais urbanas tratadas nas respetivas estações podem propagar bactérias multirresistentes a antibióticos que não são eliminadas no processo de tratamento secundário que é feito, alerta uma equipa de investigadores da universidade de Aveiro (UA).

Alexandra Moura, do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA, explicou que em Portugal “só uma minoria das estações faz o tratamento terciário”, avança o portal netfarma.

A equipa de investigadores do CESAM, da qual Alexandra Moura faz parte, sublinha a necessidade da aplicação de normas em Portugal e na Europa que obriguem à quantificação de genes e bactérias multirresistentes a antibióticos após tratamento de águas residuais, contribuindo assim para evitar a sua proliferação no ambiente.

 

“Há poucas estações que façam o tratamento terciário, mesmo na Europa. Na impossibilidade de o fazer, a alternativa passa por otimizar os parâmetros de tratamento naquelas que só têm tratamento secundário, aumentando os tempos de retenção e diminuindo a concentração de oxigénio”, explicou aquela investigadora.

Estas bactérias resistem a antibióticos de vários grupos químicos e algumas persistem após o habitual tratamento secundário nas estações de tratamento, pelo que a presença de genes e bactérias multirresistentes em efluentes tratados pode levar à sua dispersão noutros ambientes aquáticos e eventualmente meios agrícolas.

 
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