O Europarque, em Santa Maria da Feira, voltou a reunir este fim-de-semana a comunidade médico-veterinária em mais uma edição do Congresso Montenegro, este ano dedicado à neurologia. Médicos veterinários, enfermeiros veterinários e auxiliares dividiram atenções entre as 7 salas disponibilizadas pela organização este ano, que destaca ainda a sala dos bombeiros/socorristas que superou todas as expetativas.
“Tínhamos 130 lugares previstos e tivemos de recusar mais inscrições pois já tínhamos a sala cheia. A adesão destes profissionais foi uma agradável surpresa e estiveram com muito entusiasmo a assistir a todas as palestras”, referiu à Veterinária Atual Luís Montenegro, responsável pelo Congresso. “Se o socorro aos animais foi feito da melhor forma conseguimos garantir que os animais chegam em melhores condições às clínicas e hospitais veterinários para serem tratados e isso é benéfico para todos”.
Entre as palestras abordadas foi explicado como abordar um animal ferido, o que fazer em caso de lacerações e queimaduras e mesmo como avaliar um quadro de emergência e garantir o suporte básico de vida.
“Até já fomos contactados para fazermos uma atividade semelhante para a corporação de bombeiros do Funchal”, revelou Luís Montenegro, que acredita que atividades semelhantes vão ser cada vez mais frequentes no futuro.
7 salas, 34 oradores
Este ano quem teve oportunidade de marcar presença no Congresso Montenegro tinha a possibilidade de escolher entre várias salas, dependendo do interesse de cada um: Sala principal maioritariamente dedicada à neurologia, Sala Interativa, Sala de Enfermagem, Sala de Exóticos, Sala de Comportamento, Sala Bombeiros/Socorristas e Sala de Gestão.
“Este foi o congresso que teve maior assistência, os oradores cumpriram com as expectativas contribuindo com palestras inovadoras e cheias de conteúdo. Conseguimos ir ao encontro das necessidades da maior parte dos colegas em termos 7 salas e 34 oradores. A forma como este congresso se faz é inovadora”, destacou Luís Montenegro, que se mostrou surpreendido pela qualidade dos palestrantes portugueses. “Os oradores internacionais cumpriram a sua missão, mas o que me surpreendeu foi a capacidade dos oradores portugueses fazerem palestras com inovação, sustentadas com casos clínicos esclarecedores, que mostraram que estão ao nível dos oradores internacionais. Gostei muito da palestra da Marta Pinto e do João Ribeiro”.
Quanto à ausência de algumas empresas da área de exposição, Luís Montenegro continua a agradecer os parceiros que conseguem marcar presença no evento. “Compreendo que a indústria tenha menos facilidade em acompanhar o crescimento do evento, mas continuamos agradecidos pois sem eles não conseguimos fazer o evento, que tem vindo a crescer. Queremos aumentar a qualidade e por isso vamos analisar algumas situações que este ano não estiveram a 100%, como o sistema de audiovisuais, o sistema de acreditação e os tempos de espera para as refeições. Peço desculpa aos congressistas pelas falhas organizativas, que vamos avaliar internamente e decidir qual a melhor forma de as resolver”.
Todos os anos, o Congresso Montenegro entrega 20% do valor das inscrições a uma associação. Este ano, a verba serviu para a aquisição de máscaras de proteção contra o fumo entregues à Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários.
Nota: Reportagem completa na edição de Março da Veterinária Atual