Mike Archer, paleobiólogo da Universidade de New South Wales, em Sidney, conseguiu levar a cabo a clonagem para trazer de volta a espécie depois da descoberta acidental de tecido do sapo congelado há vários anos.
Embora os embriões criados pela equipa em laboratório não tenham sobrevivido até à idade adulta, os cientistas mostram-se entusiasmados tendo em conta que nunca uma espécie extinta tinha sido “ressuscitada”.
Para tornar possível o desenvolvimento do Lazarus Project, os especialistas inseriram o núcleo de uma célula morta deste sapo num ovo doado por um dador vivo de uma espécie semelhante, assegurando-se que todo o material genético existente foi previamente removido do ovo.
Assim, os investigadores conseguiram produzir embriões que sobreviveram durante alguns dias. “Estamos cada vez mais confiantes que as barreiras que teremos de ultrapassar são tecnológicas e não biológicas e que seremos bem-sucedidos”, garantiu Archer.
Segundo Simon Clulow, investigador da Universidade de Newcastle também envolvido no projeto, a escolha desta espécie de sapo, encontrada pela primeira vez em Brisbane, na Austrália, em 1973, e que se extinguiu cerca de sete anos depois, deve-se ao seu processo “fantástico e único de evolução”.