O objetivo deste programa, pioneiro em Portugal, é ajudar a reforçar as populações selvagens do Lynx pardinus com linces nascidos em cativeiro. “Neste momento estamos muito centrados no treino de linces”, diz o responsável.
Atualmente o centro está a treinar 15 linces que fazem parte de uma “ninhada de teste”. “Tentamos não lhes dar uma rotina de alimentação e jejuam a dias diferentes da semana para os obrigar a desenvolver aptidões sociais e de caça”, explica Rodrigo Serra. A próxima etapa é introduzir o coelho-bravo e garantir que o conseguem caçar.
Além do treino está já a ser preparado o território natural onde libertar estes animais. Lurdes Carvalho, coordenadora executiva do Plano de Ação para a Conservação do Lince-ibérico em Portugal, afirma que estão a ser avaliadas as potenciais áreas para reintrodução – Malcata, Moura/Barrancos e Guadiana – com base em diversos parâmetros, como a existência de presas para o lince (coelho bravo) e eventuais ameaças futuras: como as armadilhas não seletivas e as estradas.