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Medicina Veterinária

Centro de Imagem Montenegro abre novo espaço no Hospital Veterinário de Aveiro

Centro de Imagem Montenegro abre novo espaço no Hospital Veterinário de Aveiro

Foi no passado dia 24 de março que foi inaugurado no Hospital Veterinário de Aveiro o Centro de Imagem Montenegro Zona Centro, uma unidade dedicada a Tomografia Veterinária. O espaço é fruto de uma parceria entre aquela unidade hospitalar e o Centro de Imagem Montenegro e pretende melhorar as competências de diagnóstico dos centros veterinários da zona centro.

A VETERINÁRIA ATUAL falou com Luís Montenegro, fundador do Centro de Imagem Montenegro e impulsionador do novo projeto que pretende “fazer um centro de imagem a nível ibérico, com espaços implementados em Portugal e em Espanha”.

 

Quais as razões que justificam este projeto?
Este projeto nasce de uma parceria entre o Hospital Veterinário de Aveiro e o Centro de Imagiologia Montenegro no sentido de disponibilizar aos colegas veterinários da região centro o acesso a um exame complementar de diagnóstico extremamente importante na deteção de algumas patologias, bem como poder proporcionar este serviço aos seus clientes.

Foram os clientes que o exigiram?
Os clientes procuram cada vez mais um serviço de excelência nos cuidados veterinários dos seus animais. No fundo, algumas patologias importantes carecem da realização de um TAC para a confirmação de um diagnóstico mais rigoroso, que permitirão optar posteriormente pela melhor abordagem terapêutica.

 

Como é que o HVA fazia antes quando precisavam deste tipo de exames?
O HVA assegurava o transporte gratuito do animal ao CIM, no centro do Porto. Em alternativa, o tutor poderia deslocar-se até o Centro.

Qual é investimento?
O investimento ascende aos 120 000 euros e resulta de uma sociedade entre Joana Alegrete, do Hospital Veterinário de Aveiro, e o CIMontenegro.

 

Quem opera o equipamento? Que formação teve para isso?
O equipamento em Aveiro é operado por Joana Alegrete, Rafael Guerra e Maria Andrade, todos colaboradores do HVA. Tiveram todos formação com Rui Mota, um médico veterinário dedicado à TAC desde 2011 e de referência a nível nacional, e que é sócio do CIM.  Além disso, Rafael Guerra vai frequentar o curso da ESAVS, Small Animal Computed Tomography, em Novara, Itália.

A interpretação dos dados é feita pela Montenegro. Como? À distância?
Depois de realizados, os exames são enviados por email e interpretados pelo Rui Mota e pela Vânia Evaristo.

 

Qual a área de influência deste equipamento?
Procuramos cobrir as regiões da Beira Litoral, Beira Alta e Beira Baixa, que são áreas geográficas que não dispõem de um equipamento desta natureza.

Qual a oferta atual do HVA em imagiologia e outros meios complementares de diagnóstico?
Dispomos dos principais meios complementares de diagnóstico.  Para além disso, o Hospital Veterinário de Aveiro conta, atualmente, com uma área de reabilitação e fisioterapia equipado com laser, ultrassons e electroestimulação, bem como com uma passadeira de água, de modo a promover a rápida recuperação dos animais com patologias neurológicas e ortopédicas.

O HVA tem procurado prestar serviços de excelência aos tutores dos animais e aos colegas da região, dispondo para isso de Raio-X, ecografia e análises clínicas, disponíveis 24 horas por dia.

Qual é a previsão do número de exames por dia?
Numa fase inicial, um exame por dia, mas prevemos duplicar esse número dentro de um ano.

Quando um animal faz uma TAC, quanto tempo é que se demora a ter os resultados?
Os resultados são muito rápidos porque são fruto da interpretação da imagem, pelo que em cerca de 30 minutos temos o resultado.

Há outros equipamentos deste género disponíveis na região?
Nesta região não, existe apenas no Porto e em Coimbra.

Que animais podem fazer este tipo de exames?
Todos os animais podem fazer estes exames desde que estejam estáveis para serem anestesiados, uma vez que nos animais o exame tem de ser realizado sob sedação.

Este tipo de exames é desadequado para alguma espécie?

Não.

Estes exames adequam-se a que tipo de patologias?
O motivo mais frequente é o despiste de patologias neurológicas, nomeadamente hérnias discais, mas a TAC é utilizada cada vez mais noutro tipo de patologia como displasia de cotovelo e anca, deformidades angulares, despiste de massas torácicas e abdominais e ureteres ectópicos.

Antes de o HVA ter este equipamento, onde tinham que se deslocar os donos dos animais que precisavam deste tipo de exames?
Ao Porto. Recomendávamos aos nossos clientes que se deslocassem ao Centro de Imagem Montenegro no Porto.

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