Os cães braquicéfalos estão mais suscetíveis a desenvolver úlceras na córnea que outras raças, revela um estudo publicado na revista científica Canine Genetics and Epidemiology. Esta não é a primeira vez que a síndrome respiratória em cães branquicéfalos é associada a uma maior probabilidade de desenvolvimento de outras patologias.
Esta descoberta é de um grupo de investigadores do Royal Veterinary College (RVC), que analisou dados referentes a cerca de 100 mil cães do Reino Unido. As conclusões divulgadas mostram que um em cada 100 cães poderá ser afetado por úlceras na córnea todos os anos. Dos cães afetados, cerca se 60% precisará de medicação para a dor e cerca de em cada cinco precisará de cirurgia.
Mas de acordo com os investigadores, a conclusão mais surpreendente prende-se com o facto de existir diferenças em relação às raças de cães mais afetadas pela doença, uma vez que os resultados do estudo mostram que os cães braquicéfalos tem 11 vezes mais probabilidades de serem afetados por úlceras na córnea do que cães não braquicéfalos.
O estudo revela também que os cães de raça puros têm um risco duas vezes superior de sofrer da doença do que os cães cruzados. Por outro lado, os cães da raça Spaniel têm três vezes mais probabilidades de sofrer da doença do que os cães que não são dessa raça.
Olhando para raças, em particular, os cientistas referem que os Pugs têm 19 vezes maiores probabilidades de sofrer de úlceras da córnea do que os cães cruzados com mais do que uma raça. Além disso, o risco de desenvolver úlceras da córnea aumenta de forma significativa com a idade, indica.
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