Um grupo de investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) identificou uma molécula libertada pelo parasita da Leishmaniose que tem a capacidade de desativar determinadas células responsáveis pela defesa do organismo, o que pode dificultar o combate à doença.
Trata-se de um glicolípido (misto de lípidos com açucares) que é libertado pelo parasita e que consegue bloquear a função das células de defesa.
Citada pelo Diário de Notícias, Anabela Cordeiro da Silva, coordenadora do projeto de investigação, refere que esta descoberta poderá ajudar a criar um anticorpo que consiga neutralizar o glicolípido libertado pelo parasita.
A leishmaniose é uma doença infeciosa que pode ser transmitida entre cães e humanos e que tem apenas vacinas caninas, que de acordo com a investigadora “mascaram” o estado clínico do animal.
“É necessário colocar no mercado novos fármacos”, defende, revelando ainda que a equipa de investigação na qual está envolvida está a desenvolver um composto “muito promissor” para tratamento da leishmaniose.