A Associação Médica Veterinária Americana (American Veterinary Medical Association – AVMA) lançou pela primeira vez diretrizes para situações extremas de despovoamento de animais, por forma a ajudar os médicos veterinários a exercer práticas de bem-estar animal nos casos em que a difícil decisão de despovoamento foi tomada.
Uma ferramenta importante para os profissionais do setor, a criação destas orientações tem como objetivo auxiliar os médicos veterinários a decidir humanamente em situações críticas, nomeadamente emergências, ataques terroristas e catástrofes naturais, entre outros. As diretrizes aplicam-se a profissionais de todos os setores, desde animais de companhia a animais de produção, jardins zoológicos, veterinários municipais e de saúde pública.
As diretrizes da AVMA para o despovoamento animal são parte de uma estratégia tripartida da associação estado-unidense, que engloba ainda orientações para a eutanásia e abate humano de animais.
“Terminar humanamente as vidas dos animais é uma das tarefas mais difíceis, mas necessárias, que os médicos veterinários têm de levar a cabo”, disse Steven Leary, presidente do painel de despovoamento da AVMA. “Em tempos de crise ou de grande catástrofe, o despovoamento dos animais afetados pode por vezes ser a ação mais ética e compassiva.”
Para assegurar o bem-estar animal durante emergências, o conjunto de diretrizes da AVMA encoraja o planeamento antecipado destes casos, que apresentam maiores constrangimentos à ação veterinária. As orientações foram elaboradas por mais de 70 voluntários da associação, incluindo especialistas multidisciplinares de áreas como a medicina veterinária, ética animal e ciência animal.
Fundada em 1863, a AVMA é uma das maiores e mais antigas organizações de medicina veterinária do mundo, com mais de 93 mil profissionais associados.
Poderá consultar aqui as diretrizes para o despovoamento animal da associação.