Os donos de animais de companhia vão poder contar com a companhia dos seus animais quando forem jantar fora. A proposta foi aprovada na passada sexta-feira (13 de outubro) no Parlamento e ainda terá que ser discutida na especialidade, mas sabe-se já que serão os donos dos estabelecimentos comerciais a decidir se deixam ou não entrar animais nos seus restaurantes.
Jorge Cid, bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários, disse ao Diário de Notícias que “em abstrato parece-me uma coisa correta, vai haver a hipótese dos donos de restaurantes poderem ou não aceitar animais dentro do seu estabelecimento. Parece-me uma lei acertada, mas também é preciso que haja bom senso dos tutores dos animais.”
De acordo com o representante dos médicos veterinários portugueses “é preciso respeitar o lazer, a sensibilidade e o descanso das pessoas que podem querer estar num sítio lúdico e não serem incomodadas – e isso é válido para os animais, como para as crianças ou até outros adultos que não se saibam comportar.”
As regras de acesso serão ditadas pelos proprietários dos espaços comerciais, seja a utilização de trela ou de transportadores no caso dos animais mais pequenos.
Nuno Magalhães, deputado do CDS –PP ouvido pelo DN, acredita que a proposta d’Os Verdes “é a mais completa” nesse âmbito. “Define cuidados básicos, que o animal deve estar com trela, acompanhado pelo dono ou as restrições aos animais na lista dos perigosos.” No fundo, “o que pode mudar é que alguém que queira abrir um negócio com esta abertura o possa fazer” e esta liberdade “junta-se ao bem-estar animal” de não ficar à porta ou em casa à espera dos donos, refere.
Importa referir que quem aceitar a entrada de animais de estimação no seu estabelecimento deverá ter um dístico à entrada e poderá recusar o acesso ou permanência de animais, quer seja pelo grande porte ou por não terem um comportamento adequado.