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Animais são capazes de prever terramotos, acreditam sobreviventes

Animais são capazes de prever terramotos

De acordo com os sobreviventes do terramoto de Tangshan, que ocorreu em 1976, perto de Pequim, as mortes que resultaram da catástrofe que abalou a província chinesa de Sichuan, no passado dia 12 de Maio, poderiam ter sido evitadas, se os habitantes tivessem tomado mais atenção ao estranho comportamento dos animais.

Segundo noticiou o “Portal de Veterinária”, o terramoto que agitou, há mais de 30 anos, o norte da China, reuniu vários sinais prenunciadores, asseguram os sobreviventes da catástrofe.
Isto porque os cães ladraram agitadamente durante horas antes de o sismo ocorrer, relembra Fu Wenran, que perdeu a esposa.
Além dos cães, ratos e serpentes mostraram-se também agitados e os cavalos e as vacas davam coices contra as paredes dos estábulos.
«Os animais estavam a tentar dizer alguma coisa. Se soubéssemos, não teria morrido tanta gente», assegura Fu.
Para ele, assim como para muitos sobreviventes do sismo de Tangshan, teria sido importante se se tivesse dado ouvido aos animais antes do tremor de Sichuan, no sudoeste do país.
Vários dias antes, centenas de milhares de sapos abandonaram a cidade de Mianyang, perto do epicentro.
Apesar da dificuldade em vincular cientificamente ambos os fenómenos, cientistas admitem que os animais, sensíveis a ondas sonoras, possam pressentir a iminência deste tipo de catástrofes naturais.
«Há estímulos físicos e químicos que emanam da terra antes de um terramoto e provavelmente são sentidos pelos animais», explica George Pararas-Carayannis, químico e oceanógrafo, presidente da Tsunami Society, com sede em Honolulu.
«No final, o estudo do comportamento dos animais poderia servir para desenvolver melhores instrumentos de detecção para previsões a curto prazo», considera.
De facto, os investigadores podem detectar sinais que aumentam as possibilidades de um terramoto vir a ocorrer, como as pressões sísmicas, as inclinações do solo ou as modificações dos campos magnéticos. Contudo, até ao momento, estas técnicas não permitem prever com exactidão um fenómeno com estas características.
Além disso, os estudos existentes sobre o assunto são ainda insuficientes para que se possa confiar totalmente na forma como reagem os animais como prevenção, explica Huang Zhujian, o antigo líder de uma equipa de investigação que estudou este assunto.
«Sabemos que os animais podem sentir a chegada de um sismo, mas isto só pode ser um indício suplementar. Continuamos dependentes, principalmente, dos métodos geológicos», apesar da sua incapacidade em detectar esses fenómenos com antecedência, admite.

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