Quantcast
Animais de Companhia

Osteoartrite: Quando devo referenciar o caso?

Direitos reservados

A osteoartrite é uma doença prevalente e frequentemente subdiagnosticada, ou identificada tardiamente, na prática veterinária. Neste episódio do Podcast da Veterinária Atual, vamos conhecer os principais desafios na referenciação destes casos e as inovações que estão a transformar o diagnóstico e o tratamento da doença. À conversa esteve Jorge Leite, médico veterinário e cirurgião ortopédico, e Catarina Mendes, médica veterinária e technical advisor da VetPlus Portugal.

Um dos maiores erros na abordagem da osteoartrite é a avaliação tardia dos pacientes. De acordo com Jorge Leite, estes animais deveriam ser reconhecidos “com cinco meses e não com cinco anos”, afirmando que diagnósticos tardios limitam as opções de intervenção.

O médico veterinário alerta para o facto de muitos cães só serem referenciados para profissionais especializados em estágios avançados da doença. “Frequentemente recebo pacientes com patologias tão avançadas que fico com a sensação de estar a conhecê-los com cinco anos de atraso”, revela.

Nos casos de animais jovens, a identificação de problemas articulares durante o crescimento é essencial. Sinais como claudicação devem ser avaliados rapidamente, especialmente em raças predispostas a displasias. Segundo Jorge Leite, é fundamental que as clínicas realizem exames de triagem, como radiografias adequadas, entre os cinco e os sete meses de idade.

Entre as inovações destacadas, está a democratização de ferramentas como a tomografia computadorizada (TAC), a utilização da Inteligência Artificial para avaliar alterações articulares, como a displasia da anca, e os avanços na artroscopia.

No campo cirúrgico, soluções como próteses articulares estão cada vez mais disponíveis, principalmente para articulações como a anca e o joelho. Contudo, o cirurgião ortopédico alerta que, em articulações como o cotovelo, que ainda não têm substituições viáveis, o diagnóstico e o maneio devem ser feitos com cuidado redobrado. “Esta é uma articulação com muita prevalência de problemas, mas que nós não conseguimos substituir de forma alguma. Por isso, é a articulação que mais devemos respeitar, quer cirurgicamente, quer medicamente, quer na ótica do diagnóstico. Ao contrário da anca, não temos a solução de prótese para o cotovelo.”

Embora a osteoartrite não tenha cura, a adoção de estratégias preventivas e terapias avançadas pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. A referenciação de casos para profissionais especializados e o uso de tecnologias de ponta são passos fundamentais nesse processo.

Neste âmbito, Catarina Mendes, médica veterinária e technical advisor da VetPlus Portugal, destaca ainda a eficácia de um novo produto no mercado, um condroprotetor com ação anti-inflamatória, antioxidante e analgésica.

Ouça o Podcast na íntegra aqui.

Este site oferece conteúdo especializado. É profissional de saúde animal?