Abriu como clínica em 2021, cresceu em área e em número de profissionais, e em 2024 tornou-se no primeiro hospital médico veterinário universitário na margem sul do Tejo. Aqui ensinam-se alunos – de medicina e de enfermagem veterinária – ao mesmo tempo que se serve a comunidade, isto é, os tutores e os seus animais de companhia, mas também as clínicas que necessitam de opiniões diferenciadas.
Uma mão cheia de alunas equipadas com pijama clínico de um amarelo bem forte, ainda mais avivado pela luz do sol de inverno a entrar pelas portas de vidro que dão para a rua, espalham-se pela sala do internamento reservado a cães. Inclinam-se para ver e ouvir atentamente a explicação sobre o modo de funcionamento de uma bomba infusora, enquanto a voz da enfermeira veterinária, que está a ensinar todos os detalhes acerca deste dispositivo, tem como barulho de fundo as manifestações dos animais que estão nas jaulas. Ladram por verem gente em redor, mexem-se entusiasticamente para chamar a atenção por entre as grades, muito provavelmente por quererem sair, pois não há animal que goste de estar fechado. Mas, se estão internados ali, é porque a condição de saúde assim o exige.
“São alunas da licenciatura de enfermagem veterinária, daí que toda a explicação esteja a ser dada em português. Se fossem os alunos do mestrado de medicina veterinária, todo o ensino seria feito em inglês”, explica Sofia Domingues, coordenadora hospitalar, durante a visita guiada que faz à equipa da VETERINÁRIA ATUAL pelas novas instalações do Hospital Veterinário Universitário Egas Moniz.
Inaugurado em novembro de 2024, é o primeiro hospital médico veterinário universitário a abrir portas na margem sul do Tejo. Situado no Campus Universitário da Egas Moniz School of Health and Science, no Monte da Caparica, começou por ser uma pequena clínica em 2021, aberta para dar resposta à formação dos alunos que nesse ano entraram para a primeira turma do mestrado integrado de medicina veterinária da instituição. “Apesar de não ser uma obrigação das entidades reguladoras termos uma clínica, achámos que devíamos ter e foi logo pensada para, um dia, ser transformada em hospital. Afinal, sabíamos que, quando chegássemos aos anos clínicos [do Mestrado de Medicina Veterinária] tínhamos por Lei, mas também pelo compromisso que temos para com os nossos alunos, de entregar uma formação muito sólida em clínica de pequenos animais. Daí podermos dizer que este hospital começou a ser construído três anos antes de abrir”, recorda Manuel Pequito, médico veterinário e responsável pelo Mestrado de Medicina Veterinária e pela Licenciatura em Enfermagem Veterinária do instituto universitário.
Então, o que começou por ser um pequeno centro de atendimento médico-veterinário (CAMV) com apenas dois consultórios, uma sala cirúrgica e uma receção, onde a atividade era assegurada por uma única médica veterinária e uma rececionista, cresceu para as atuais instalações que ocupam cerca de 400 m2, com capacidade para crescer mais 700 m2, onde trabalha uma equipa que já chega a 30 profissionais.
“Sabíamos que, quando chegássemos aos anos clínicos [do Mestrado de Medicina Veterinária] tínhamos por Lei, mas também pelo compromisso que temos para com os nossos alunos, de entregar uma formação muito sólida em clínica de pequenos animais.” – Manuel Pequito, coordenador do Mestrado de Medicina Veterinária e da Licenciatura de Enfermagem Veterinária
Por ser um CAMV de pequenas dimensões e ter uma equipa reduzida, no início recebia somente os casos mais simples. Fazia-se, sobretudo, a chamada medicina profilática: a vacinação, as desparasitações ou o despiste e tratamento das situações mais corriqueiras na saúde dos animais de companhia. Tudo o que fosse mais complicado, situações agudas ou casos considerados de urgência eram referenciados para outras unidades. Manuel Pequito lembra que, de facto, “a clínica tinha pouca casuística”, mas foi importante na formação nos anos iniciais dos alunos de medicina veterinária, para terem o primeiro contacto com a prática clínica, que na instituição começa logo nos anos iniciais do curso. Para complementar o ensino prático realizado no CAMV, nessa fase o instituto universitário manteve protocolos com oito clínicas e hospitais de maior dimensão por onde os alunos rodavam a fim de conhecerem realidades clínicas de maior complexidade.
Com as novas instalações, “os alunos passaram a vir apenas aqui para o ensino da clínica de pequenos animais, afinal o ensino também se faz de proximidade”, reconhece o responsável. E não há como escapar à realidade: a medicina veterinária de pequenos animais ainda é a escolha preferencial de quem quer enveredar por esta carreira profissional. Quem o garante é Liliana Silva, médica veterinária e professora que faz o pedagogical management, ou seja, está encarregue da ligação entre o hospital e a componente letiva do instituto, e não tem dúvidas em afirmar: “Temos a maior parte dos alunos a escolher clínica de pequenos animais de companhia e, por isso mesmo, precisávamos de ter um hospital onde os integrar para aprenderem tudo o que era possível”.
E, pelos vistos, essa é uma escolha transversal aos futuros profissionais por esse mundo fora, já que o instituto universitário é frequentado por alunos de cerca de 90 nacionalidades – o mestrado de medicina veterinária tem alunos de oito nacionalidades – que, na grande maioria, vai regressar ao país natal após a formação em Portugal. Daí que o ensino, tanto na componente teórica, como na vertente prática, no mestrado de medicina veterinária seja todo realizado em inglês.
Crescer em espaço e em número de profissionais
Com as instalações inauguradas há cerca de um mês, aquando da visita da VETERINÁRIA ATUAL, as mudanças na rotina já se começam a sentir, “primeiramente, logo no número de casos clínicos e de casos diferentes que passámos a observar. Na clínica, era normal termos coisas mais simples, mais vacinações, mais primeiras consultas. Agora temos coisas mais complicadas, muitas consultas de referência, que necessitam de mais exames complementares de diagnóstico e tudo isso vai possibilitar que os alunos façam a integração de todo o conhecimento [teórico do curso de mestrado] na prática”, admite Liliana Silva. Aliás, a responsável recorda um episódio passado poucos dias antes da conversa com a equipa da revista, quando, ao passar na companhia de Sofia Domingues pelo quadro onde se regista a evolução dos animais que estão a ser tratados na unidade, a coordenadora do hospital declarou à responsável pelo pedagogical management “já estamos a ter casos tipicamente de hospital. Estamos, oficialmente, a funcionar como um hospital veterinário”, cita.
Sofia Domingues entrou para coordenar o Hospital Veterinário Universitário Egas Moniz cerca de oito meses antes da inauguração, quando o hospital ainda era uma clínica e se vivia “uma fase embrionária do projeto”, mas já com o processo de aumento da estrutura – física e laboral – em andamento. Foi a terceira médica veterinária a chegar (hoje a equipa é constituída por sete médicos veterinários) e havia apenas um enfermeiro (agora são nove) e uma auxiliar (que, neste momento, tem a companhia de mais três). A equipa foi crescendo à medida que se caminhou na transformação do funcionamento da antiga clínica para a rotina de um hospital: urgência 24 horas por dia logo a partir de setembro, a criação dos turnos, a agilização de processos e protocolos para entregar respostas e cuidados diferenciados e a integração dos alunos que chegaram ao 4.º ano do mestrado no ensino clínico para o contacto com a prática médica diária.
“Temos a maior parte dos alunos a escolher clínica de pequenos animais de companhia e, por isso mesmo, precisávamos de ter um hospital onde os integrar para aprenderem tudo o que era possível.” – Liliana Silva, responsável pelo pedagogical management
Muito rapidamente a realidade transformou-se com o “passa a palavra” na comunidade, mesmo antes da inauguração oficial, que é a melhor publicidade que se pode ter. “Sentimos uma mudança muito grande. Todas as noites passámos a receber urgências e casos clínicos que exigem internamento, um acompanhamento hospitalar durante 24 horas”, relata Sofia Domingues. Atropelamentos, torções gástricas, ataques entre animais, enfim, os habituais casos que precisam de cirurgia, de transfusão de sangue, de cuidados intensivos, situações que “agora conseguimos assegurar e fazer todo um acompanhamento que, enquanto clínica, não conseguíamos”, acrescenta.
Para receber esses casos, existe uma sala dedicada às urgências, situada logo por trás da receção, onde são prestados os cuidados básicos de suporte de vida, e depois o animal é encaminhado para as outras zonas do hospital, consoante as necessidades que apresente, seja de uma intervenção cirúrgica numa das duas salas de cirurgia ou para a realização de exames complementares de diagnóstico.
É quase em frente a essa sala que sai o corredor onde distribuem a tomografia computorizada (TAC), o raio-x, a sala de ecografias e o laboratório onde se realizam hemogramas, análises bioquímicas ou analisam peças ao microscópio. Tudo em equipamentos capazes de dar resultados em poucos minutos e que só foram possíveis instalar graças o aumento do número de metros quadrados disponíveis.
No fim desse corredor estão os internamentos: o que é exclusivo de cães e o que é exclusivo para casos de doenças infeciosas, que está separado por espécie felina e canina. Entre toda esta componente técnica, de aparelhos de alta tecnologia manuseados e seguidos por profissionais que vão circulando pelo espaço de forma rotineira, é luz que entra pelas portas e janelas do edifício o equipamento natural, se assim se pode chamar, mais apreciado pelos doentes internados. Perpassa suavemente pelos vidros até chegar às jaulas, fá-los piscar os olhos quase num sorriso muito próprio de cada espécie, e dá-lhes a sensação de calma tão necessária num momento de angústia pela separação do tutor, pela parafernália médica que os rodeia e pela ansiedade de não perceberem por que estão ali.
O internamento reservado aos gatos está separado de tudo o resto. Fica ao lado da sala de urgência, passa quase despercebido a quem não é da casa e não é por acaso. A porta vidrada para o corredor dá aos profissionais a possibilidade de monitorizarem os animais internados, mas permite o recato e a calma que esta espécie necessita para ter a melhor recuperação possível. “Bem sabemos o que o stress pode fazer aos gatos. Por isso, foi pensada esta zona mais tranquila, com luz natural e vista para o exterior, como os gatos adoram. Não precisamos de entrar para os ver, eles não têm contacto direto connosco a não ser o estritamente necessário e aconselhado. O stress é causador de doença em gatos e temos esse cuidado aqui desde a entrada”, sublinha a coordenadora hospitalar.
Daí que um dos três gabinetes de consulta existentes, situados mesmo ao lado da receção, esteja a ser preparado para atendimento exclusivo para felinos e a equipa quer muito receber o selo cat friendly. Os consultórios são os três bem amplos – afinal muitas vezes têm de receber o tutor e o animal, o profissional e os alunos em formação – e também recebem a luz natural da rua que tanto agrada aos animais e também torna o ambiente de trabalho mais aprazível.
Estar atento às necessidades da comunidade
Enquanto Sofia Domingues apresenta a estrutura hospitalar, conta que estão a aguardar a chegada da próxima consulta. É uma gata tricolor que será recebida nesse futuro consultório cat friendly. Digamos que representa uma das novas facetas da atividade clínica do hospital. Veio referenciada por um CAMV da comunidade, esteve internada no hospital, “tinha líquido pleural, foi feito um raio-x, uma ecografia, TAC, é um animal que passou por várias vertentes da imagiologia”, relata. Foi tratada pela equipa e agora está em monitorização da recuperação, antes de voltar para o médico assistente.
“Sentimos uma mudança muito grande. Todas as noites passámos a receber urgências e casos clínicos que exigem internamento, um acompanhamento hospitalar 24 horas por dia.” – Sofia Domingues, coordenadora hospitalar
A coordenadora hospitalar diz que “é com grande satisfação que recebemos as referenciações de outras clínicas da região. Não só para hospitalização, como para a realização de exames complementares, nomeadamente de imagiologia, e para a realização de cirurgias que precisam de hospitalização. É um marco muito importante para nós em termos de crescimento e da nossa qualidade de trabalho”.
Muito embora, admita, os primeiros momentos não tenham sido fáceis. “Sentíamos aqui na margem sul alguma relutância na referenciação de casos”, reconhece a responsável, garantindo que a ideia da equipa passa por “respeitar muito os colegas que nos referenciam os casos, incluí-los sempre no trabalho e as decisões são sempre acompanhadas pelos colegas”. Concluído o trabalho no hospital, o caso é reencaminhado para o médico referenciador.
Manuel Pequito diz que este modus operandi está diretamente relacionado com a visão do instituto: “O nosso plano é funcionar como uma universidade cívica, sempre a escutar as necessidades da sociedade”. A coordenadora hospitalar elabora: “Uma das características do [instituto] Egas Moniz é a questão do serviço à comunidade. É das coisas mais importantes e um dos princípios básicos do funcionamento de toda a universidade”. Daí que a carteira de serviços do Hospital Veterinário Universitário Egas Moniz inclua as consultas regulares de tutores que procuram os profissionais da casa como médicos veterinários assistentes dos seus animais de companhia, como também a referenciação por parte de profissionais, sejam das redondezas ou até mesmo do outro lado do rio Tejo, para a componente de internamento, cirurgia ou de consultas de especialidade.
Liliana Silva enumera: “Temos consultas das especialidades todas: cardiologia, medicina felina, dermatologia, oncologia, neurologia, animais exóticos, medicina da dor. E o que não temos, se notamos que estamos a ter muita procura de uma determinada área, vamos buscar quem a possa trabalhar”.
O certo é que também ajuda que, literalmente na porta ao lado, estejam os professores que lecionam no mestrado de medicina veterinária. É uma porta sempre aberta para as consultas de especialidade e também para a consultoria em casos clínicos mais desafiantes. “Por exemplo, contamos sempre com apoio da Prof.ª Rita Pequito na leitura das imagens. É professora na faculdade e uma presença assídua no hospital sempre que precisamos da ajuda dela para discutir casos clínicos, seja na leitura de TAC, ou de outro tipo de imagiologia”, explica a coordenadora hospitalar.
Formar novos profissionais para as novas realidades
Ajudar a formar os profissionais do futuro não era algo que estivesse nos planos de Sofia Domingues. Quando se licenciou estagiou num hospital, depois cansou-se e foi trabalhar para uma clínica. “Ao fim de um mês já estava com saudades do hospital”, reconhece. Foi há cerca de 15 anos e recorda o momento em que decidiu trabalhar em clínicas, fazer as noites em hospitais e de como essa experiência a fez perceber definitivamente que é “mesmo uma pessoa de hospital”. “De facto, gosto muito do trabalho em hospital, da possibilidade de dar um serviço completo ao animal. Sou da área da cirurgia e as cirurgias que posso oferecer numa clínica e num hospital são muito diferentes”, reconhece, acrescentando logo de seguida: “Obviamente que tenho noites mal dormidas, em que tenho de vir operar por estar de chamada e dar apoio à equipa, mas é o que me satisfaz”.
Nas novas funções de coordenação de uma unidade universitária tem alargado horizontes com “a oportunidade de dar aulas práticas de cirurgia e tem sido muito bom ensinar. Sempre gostei muito porque é muito satisfatório, interessante e mesmo bonito ver crescer os alunos, vê-los a ter curiosidade pelas coisas. É muito gratificante”.
Agora que estão nos anos práticos do mestrado, os alunos de medicina veterinária começam a estar mais presentes na rotina diária do hospital para o treino de competências clínicas. Começam apenas por interagir com o animal, fazem o exame clínico se o tutor o permitir, com o médico veterinário a supervisionar. “Informamos sempre sobre a presença dos alunos, pedimos autorização para a participação deles e temos tido muito boa receção [por parte dos clientes]”, assegura Sofia Domingues, não deixando de ressalvar que “o bem-estar do animal é sempre a prioridade na vertente de ensino. Se o animal estiver stressado os alunos não treinam”.
Se o tutor não autorizar, ou nos momentos das aulas práticas, entra em cena o fantoma do hospital, um modelo anatómico para treino, desenhado e pensado para “facilitar o ensino dos alunos sem termos animais que estejam desconfortáveis”.
Por ser um curso novo, desenhado já com uma visão moderna da medicina veterinária, o curriculum letivo já tem em conta algumas das preocupações que nos últimos anos vêm sendo identificadas no setor. “Temos cadeiras específicas de comunicação [com o tutor], de gestão do sofrimento, de eutanásia, nos planos curriculares dos dois cursos [medicina e enfermagem veterinária]”, sublinha Manuel Pequito. O coordenador assegura que todo o ambiente académico está ciente da necessidade de formar profissionais capacitados com soft skills que lhes permitam entrar no mercado mais preparados a enfrentar os momentos de stress e, desta forma, reduzir as probabilidades de desenvolver burnout, depressão ou outras condições que assolam a saúde mental da classe [ver caixa].
No hospital onde recebe os alunos para a parte prática da formação, Sofia Domingues reforça: “Temos a responsabilidade, mas também a oportunidade de olhar para a medicina veterinária com um olhar mais contemporâneo. Podemos desenvolver aqui uma mudança de mentalidade importante para a próxima geração de veterinários e humanizar mais a profissão. A minha prioridade é o bem-estar da equipa e é o que queremos passar aos alunos”.
Projetos a iniciar já em 2025
Com o hospital a trabalhar na chamada velocidade de cruzeiro, 2025 assume-se como um ano para dar passos na consolidação da atividade assistencial e académica. Afinal, estar integrado num campus universitário permite estimular várias sinergias para além do microambiente dos cursos de medicina e enfermagem veterinária.
Nesse sentido, conta Sofia Domingues, está a ser desenhado um projeto de integração de outras áreas do saber no quotidiano do hospital veterinário. Dar verdadeiro palco ao conceito One Health. A começar pela área da Psicologia, “conseguindo fazer alguma integração dessa valência aqui dentro, atendendo ao facto de termos de lidar com a morte todos os dias, de termos de lidar com o stress agudo muitas vezes durante o dia”. É reconhecidamente imperioso cuidar da saúde mental dos profissionais e dos alunos de forma a mudar o cenário já tantas vezes descrito de casos de burnout, depressão e suicídio na classe veterinária.
E como no campus trabalham outras áreas da medicina humana – como medicina dentária, fisioterapia, enfermagem – “queremos tentar a integração dessas especialidades para complementar [o trabalho do hospital veterinário]. É, de facto, uma mais-valia muito grande trabalhar num campus universitário”, reconhece Sofia Domingues.
E por estar num ambiente académico, a investigação científica é uma parte importante do quotidiano. “Até agora não foi uma prioridade, mas com a criação da coordenação pedagógica de forma interna e constante é um objetivo em 2025 começar com projetos de investigação”, acrescenta, aproveitando o facto de muitos dos professores da casa terem projetos de doutoramento em curso e de o portfólio de casos clínicos para estudo estar a crescer de dia para dia.
*Artigo publicado na edição 189, de janeiro, da VETERINÁRIA ATUAL