A propagação da gripe aviária continua. Os novos dois grandes focos surgiram nos Estados Unidos da América e em Espanha.
No caso norte-americano, segundo explica o The New York Times, desde o início de janeiro quando começou a infetar galinhas no nordeste canadiano, o vírus foi identificado em aves aquáticas migratórias que faziam a travessia de Flórida para o Maine. Rapidamente se alastrou para Virgínia, Nova Iorque, Kentucky e Indiana, provocando abates em massa e proibições de importação.
“É muito preocupante dada a rapidez com que esta coisa está a acelerar”, disse o bioquímico Henry Niman, que estuda a evolução genética dos vírus e tem acompanhado a propagação do surto por todo o país. “Acho que podemos ver níveis históricos de infeções, concluiu. O seu acompanhamento pode ser visualizado aqui:
O vírus da gripe aviária também tem feito caminho pela Ásia, Médio Oriente e Europa. Nas últimas semanas, foram registados 300 focos em 29 países europeus. Um desses países é Espanha, que, em apenas um mês, registou mais de 665 mil abates em 16 explorações agrícolas do país e é já o mais grave surto de sempre em território espanhol.
De acordo com o El País, muitos especialistas apontam a seca como um fator que pode ter sido fundamental na propagação da gripe em Espanha, uma vez que aumenta a concentração de aves selvagens, portadoras do vírus, em zonas húmidas.
As autoridades de saúde e pecuária insistem que o risco para o homem de contágio da atual variante – H5N1 – é reduzido, mas um programa de monitorização do Ministério da Agricultura e do Ministério da Saúde está ativo para o controlo dos trabalhadores nas explorações afetadas até agora.
