Um estudo, realizado na Áustria com mais de mil tutores de cães, revelou que um em cada quatro escolhe o seu cão de forma impulsiva.
A investigação, que teve por base um questionário com questões abertas, pretendeu descobrir as razões que levam os tutores a escolher o seu animal de companhia.
Os resultados mostraram que 29% dos entrevistados escolheram o seu cão com base na raça, enquanto 24% o fizeram impulsivamente e sem planeamento prévio. Fatores como idade, sexo e estado de saúde do cão foram mencionados por menos de 2% dos inquiridos, sugerindo que estes aspetos são menos prioritários na escolha de um animal de companhia.
Os investigadores sugerem ser importante contar com a opinião de um médico veterinário, de forma a existir uma avaliação que possa analisar as necessidades do animal, evitando assim o abandono posterior.
O estudo também concluiu que a escolha dos tutores é, muitas vezes, consistente ao longo do tempo e entre diferentes cães, indicando que muitos tendem a preferir certas características físicas ou comportamentais nos seus animais de companhia.
Outra das características que a análise identificou como sendo motivo para influenciar significativamente a seleção de cães passa pelo facto de as famílias com crianças preferirem cães que sejam amigáveis, fáceis de cuidar e treinar, sendo menos propensas a adotar cães em abrigos ou a escolher cães apenas por compaixão.
Por outro lado, tutores sem filhos tendem a resgatar mais cães de abrigos caninos e a priorizar outras características, como tendência para desporto ou habilidades para trabalhar.
De acordo com os investigadores, estas descobertas “têm implicações importantes para melhorar as campanhas de adoção e para personalizar as estratégias dos abrigos caninos, facilitando assim uma melhor correspondência entre os cães disponíveis e as expectativas dos futuros tutores. Ao compreender melhor as motivações por trás da escolha de um cão, tanto o bem-estar animal como a satisfação do tutor podem ser otimizados, fortalecendo assim a relação entre humanos e caninos”.